A deputada estadual Joana Darc (União Brasil-AM) disse que a
capivara Filó está sofrendo maus-tratos e que o influencer Agenor foi enganado
pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis) ao entregar o animal ao órgão.
O que aconteceu
No Instagram, a parlamentar afirmou que o "Ibama enganou
a gente", referindo-se a ela e a Agenor. "A Filó está em um cativeiro, em uma gaiola
horrível", disse.
Joana disse que ela e Agenor "agiram de boa-fé" ao
entregar o animal, sendo que poderiam ter "escondido" a Filó.
“Agimos de boa-fé levando eles na propriedade. A gente
poderia ter escondido a Filó, a gente poderia ter deixado eles irem atrás da
Filó do jeito deles, porque até a gasolina [para o Ibama] quem pagou foi o
Agenor.” Joana Darc,
deputada estadual
Ela diz que o combinado com "várias pessoas do
Ibama" era que ela, o veterinário e Agenor tivessem acesso a Filó. Ela e Agenor, porém, não podem
ver a capivara. Segundo ela, o Ibama cometeu "abuso de autoridade".
“O Ibama perseguiu a gente, o Ibama botou pressão psicológica
na gente, o Ibama abusou da autoridade na casa do Agenor, o Ibama e os fiscais
fizeram interrogatório completamente abusivo.” Joana Darc, deputada estadual
O UOL procurou o Ibama sobre as acusações da
deputada, mas até a noite de hoje não obteve resposta. O espaço segue aberto.
'Animal silvestre não é pet'
Na semana passada, o Ibama disse ao UOL que animais
silvestres não são domésticos, como cães e gatos, e que capivara e bicho-preguiça, como
mostrado por Agenor nas redes, não podem ser criados ou mantidos em casa, segundo
a legislação brasileira.
A punição, segundo o órgão, é por "práticas relacionadas
à exploração indevida de animais silvestres para a geração de conteúdo em redes
sociais" e as multas aplicadas totalizam R$ 17.030.
O caso chegou ao conhecimento do órgão após a morte de um
bicho-preguiça que Agenor criava em sua propriedade. O tiktoker alega que fez tudo que
podia para salvar o animal.
O Ibama também achou um papagaio e uma capivara na residência
do rapaz e,
segundo o órgão, ele não tinha autorização legal para manter os animais em sua
posse.