Moradores e empresários comentam onda de assaltos no Centro
Histórico de Salvador
O Pelourinho foi cenário de mais uma violência no início da
tarde deste sábado (22). Dois turistas da Romênia foram agredidos ao serem
vítimas de um de assalto enquanto visitavam o Centro Histórico.
Em vídeos que circulam nas redes sociais, os dois turistas
aparecem ensanguentados, um deles com o rosto ferido após ter sido agredido e
ter o óculos quebrado durante o assalto. Moradores que passavam pelo local
conseguiram prestar socorro aos romenos, que, em seguida, foram encaminhados à
Delegacia de Proteção ao Turista (Deltur), onde registraram boletim de
ocorrência.
De acordo com a Polícia Civil, os turistas têm 30 e 37
anos e foram abordados por dois homens que anunciaram o assalto e levaram
o celular de um deles na rua Inácio Acioli. Os romenos ficaram feridos ao
tentarem recuperar o celular, quando foram agredidos pelos suspeitos.
Eles foram levados para receberem os primeiros atendimentos
no Samu, e foram encaminhados em seguida para um hospital particular. A Deltur
vai realizar diligências para tentar identificar e localizar os autores.
Assaltos no Centro Histórico
O fundador, diretor-geral e coreógrafo do Balé Folclórico da
Bahia, Vavá Botelho, conversou com o CORREIO sobre o aumento
dos assaltos no Pelourinho.
Segundo o coreógrafo, a sensação de violência é constante, já
que, de acordo com Vavá, são inúmeras as ocorrências de assaltos por dia no
bairro turístico. "Não sabemos mais para quem recorrer, já tivemos
reuniões com secretário de segurança, de cultura, de turismo, com todos os
representantes do bairro", diz.
Em relação ao Balé Folclórico da Bahia, Vavá é enfático ao
afirmar que diversos turistas são assaltados após os espetáculos. O fundador
revelou que há alguns dias, cerca de 18 turistas se recusaram a sair do teatro
às 20h porque estavam com medo do possível assalto. Na região não tinha
policial por perto.
Além da onda de violência nas ruas do Centro Histórico, os
comerciantes ainda são surpreendidos com furtos. Vavá, por exemplo, revela que
teve uma dívida de R$ 90 mil após o furto de ar-condicionado no teatro do Balé
Folclórico da Bahia.