O tipo mais comum de câncer de fígado é o carcinoma
hepatocelular e ocorre mais frequentemente em homens do que em mulheres
Saiba os sintomas e o que causa o câncer de fígado
O câncer de fígado primário (carcinoma hepático) se
desenvolve a partir de células hepáticas malignas. Este tipo de câncer é
bastante raro.
Já o câncer de hepático secundário, que se origina em outros
órgãos e se espalha por metástase para o fígado, é mais comum. Ele pode se
originar nas glândulas mamárias, cólon ou tecido gástrico, por exemplo, se
disseminar via linfonodos para o fígado.
Sinais e sintomas de câncer no fígado
Como o tumor hepático causa poucos ou apenas sintomas
inespecíficos por muito tempo, geralmente é descoberto em estágio avançado.
De acordo com a American Cancer Society, quando os
sintomas aparecem, podem incluir:
- perda
de peso não intencional
- perda
de apetite
- sentir-se
muito cheio após uma pequena refeição
- náusea
ou vômito
- fígado
aumentado
- baço
aumentado
- dor
no abdômen
- inchaço
ou acúmulo de líquido no abdômen
- amarelecimento
da pele e dos olhos (icterícia)
Outros sintomas possíveis são febre, veias dilatadas na
barriga que podem ser vistas através da pele e hematomas ou sangramentos
anormais.
Quais os fatores de risco para câncer de fígado?
O principal fator de risco para o câncer de fígado é a
cirrose hepática, causada principalmente pelo consumo excessivo de álcool e
pela infecção crônica desencadeada pelo vírus da hepatite C.
As doenças hepáticas gordurosas não alcoólicas também
aumentam o risco de câncer de fígado, bem como o diabetes mellitus ou
síndrome metabólica. O gatilho para isso, por sua vez, muitas vezes é a
obesidade.
Evolução do câncer de fígado
O câncer de fígado evolui em 4 estágios, que determinam o
prognóstico de cura e a expectativa de vida do paciente.
Câncer de fígado estágio 1
O câncer de fígado em estágio 1 significa que o tumor existe
apenas no fígado.
Câncer de fígado estágio 2
No estágio 2 do câncer de fígado, existem múltiplos tumores
no fígado ou um único tumor que se espalhou para os vasos sanguíneos.
Câncer de fígado estágio 3 com estágios 3a, 3b e 3c
O câncer de fígado em estágio 3 possui, por sua vez, outras 3
subcategorias.
- Estágio
3A – há múltiplos tumores, e pelo menos um deles excede 5 centímetros de
diâmetro. O câncer não se espalhou para os gânglios linfáticos
próximos.
- Estágio
3B – existem vários tumores e pelo menos um deles está crescendo na veia
porta hepática. O câncer não se espalhou para o sistema linfático.
- Estágio
3C – o tumor cresceu até atingir um órgão vizinho, como a vesícula biliar,
ou o tumor cresceu tanto que também está crescendo na superfície do
fígado. No entanto, o câncer não se espalhou para o sistema linfático.
Câncer de fígado estágio 4
O estágio 4 é o estágio final do câncer de fígado. No estágio
4, o câncer se espalhou para o sistema linfático, talvez até para órgãos
próximos.
Como é o tratamento do câncer de fígado?
Os métodos terapêuticos que removem ou impedem a disseminação
de metástases hepáticas e câncer de fígado incluem:
Quimioterapia: a quimioterapia é usada principalmente para tratamento
paliativo. Certos ativos chamados citostáticos impedem o crescimento e a
disseminação de tumores malignos. Os ingredientes ativos entram na corrente
sanguínea por meio de uma infusão.
Radioterapia externa: a radioterapia envolve o uso de radiação para neutralizar
as células cancerígenas. Esse tratamento tem efeitos adversos como
esfoliação e inflamação da pele nas áreas por onde a radiação entra no corpo,
náuseas e vômitos e fadiga.
Ablação por radiofrequência/ablação por micro-ondas: destruição do tecido maligno por
aplicação de calor.
braquiterapia intersticial: destruição do tumor por dentro com a ajuda de uma
fonte de radiação que é inserida no tumor.
Criocirurgia para câncer de fígado: esse método é relativamente
novo e usa o frio para destruir tumores.
Transplante de fígado: envolve a substituição de um fígado
doente por um saudável, seja de um doador falecido ou de um doador vivo. O
transplante de fígado é uma opção de tratamento apenas se o câncer não se
espalhou para outros órgãos. Após o transplante, o paciente também recebe
medicamentos para ajudar o corpo a aceitar o órgão.