Moradias serão construídas pelo Minha Casa, Minha Vida até o
fim do mandato do presidente. Confira as mudanças e novidades do programa
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, reforçou
hoje (19) seu plano de construir 2 milhões de moradias até o fim de seu
mandato, em 31 de dezembro de 2026, por meio do programa Minha Casa, Minha
Vida. O anúncio foi feito durante o seu programa semanal "Conversa com o
presidente", ao lado do jornalista Marcos Uchôa.
Lula ressaltou que o objetivo não é apenas oferecer habitação
para as pessoas mais pobres, mas também atender às necessidades do setor médio
da sociedade, como trabalhadores com renda mensal entre R$ 8 mil e R$ 9 mil,
pequenos empreendedores e autônomos.
O programa Minha Casa, Minha Vida, recriado por meio de um
projeto de lei de conversão da Medida Provisória 1.162/2023, aprovado na última
terça-feira (13) pelo Senado Federal, tem como objetivo atender famílias com
diferentes faixas de renda. Em áreas urbanas, serão contempladas famílias com
renda mensal de até R$ 8 mil, enquanto na zona rural o limite será de até R$ 96
mil por ano.
Confira todas as faixas abaixo:
Área urbana
- Faixa
Urbano 1 - famílias com renda de até R$ 2.640
- Faixa
Urbano 2 - renda de R$ 2.640 até R$ 4.400
- Faixa
Urbano 3 - quem ganha de $ 4.400,01 a R$ 8.000
Zona Rural
- Faixa
Rural 1 - renda bruta familiar anual de até R$ 31.680
- Faixa
Rural 2 - renda de R$ 31.680,01 a R$ 52.800
- Faixa
Rural 3 - ganhos entre R$ 52.800,01 e R$ 96.000
Mudanças no programa
Uma das principais novidades do programa é o retorno da Faixa
1, que permite que pessoas com renda mais baixa financiem moradia. Mas as
novidades não param por aí. O governo federal aumentou o subsídio, ou seja, a
parte do financiamento que é paga pela União, para a Faixa 1 de acesso ao
programa habitacional.
Agora, a União arca com até 95% do valor do imóvel destinado
a Famílias que ganham renda mensal de até R$ 2.640 em áreas urbanas e renda
anual de até R$ 31,680 mil no caso de áreas rurais. O teto que pode ser
subsidiado passa a ser de até R$ 140 mil nas cidades e R$ 60 mil em localidades
rurais.
Outra mudança permite o uso de recursos do Fundo de Garantia
do Tempo de Serviço (FGTS) em projetos de iluminação pública, saneamento
básico, vias públicas e drenagem de águas pluviais. Além disso, foi aprovado o
fim da exclusividade da Caixa Econômica Federal como operadora do Minha
Casa, Minha Vida. Com essa alteração, bancos privados, digitais e cooperativas
de crédito poderão operar no programa.
O novo Minha Casa, Minha Vida prevê, ainda, destinar pelo
menos 5% dos recursos para o financiamento da retomada de obras paralisadas,
reforma ou requalificação de imóveis inutilizados, além da construção de
habitações em cidades com até 50 mil habitantes. Outra novidade é o desconto de
50% na conta de energia para os inscritos no CadÚnico, o cadastro dos programas
sociais do governo.
Novos projetos
O programa Minha Casa, Minha Vida já está dando início às
contratações para novos projetos de unidades habitacionais, com prioridade para
aqueles contratados com recursos do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR).
Segundo o ministro das Cidades, Jader Filho, cerca de 15 mil das quase 83 mil
unidades paralisadas no início do ano já foram retomadas, e a expectativa é de
retomar outras 25 mil até o fim do ano.
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