Texto original foi editado por Lula para bancar pagamento de
R$ 600 mensais mais R$ 150 por criança. Congresso incluiu auxílio-gás na MP
para benefício não deixar de ser pago; entenda.
O Senado aprovou nesta quinta-feira (1º) a medida provisória
que retoma o programa social Bolsa Família com as regras editadas pelo governo
Lula e o pagamento de R$ 600 mensais mais R$ 150 por criança de até seis anos.
Com a aprovação, a medida provisória, que já havia sido
votada pela Câmara, segue para avaliação do presidente Lula, que pode sancionar
o texto integralmente, parcialmente ou até mesmo vetá-lo.
Embora o texto original tratasse somente do Bolsa Família, a
proposta aprovada inclui o auxílio-gás, o que, na prática, garante o pagamento
do benefício.
Isso porque a MP que tratava do benefício perderia validade
nesta sexta (2) e, sem a votação a tempo, o pagamento deixaria de ser feito
pelo governo.
O Bolsa Família é um dos principais programas do governo
Lula. Durante a campanha eleitoral do ano passado, o então candidato disse que,
se eleito, iria retomar o programa, alterado pelo governo Jair Bolsonaro e que
passou a chamar Auxílio Brasil.
Entre as mudanças instituídas pelo governo Lula estão as
exigências de que, para receber o benefício, as famílias comprovem que as
crianças estejam em dia com o cartão de vacinas e com a frequência escolar.
Outra mudança é o pagamento adicional de R$ 150 para crianças
de até seis anos e o adicional de R$ 50 para gestantes.
Auxílio-gás
O Programa Auxílio Gás dos Brasileiros foi criado em uma lei
de novembro de 2021, sancionada pelo então presidente Jair Bolsonaro.
Inicialmente, o pagamento era de 50% do valor do botijão de
13 quilos. No entanto, desde agosto do ano passado, as famílias têm recebido o
valor integral do botijão. Em janeiro, o presidente Lula editou nova MP para
manter o benefício integral — e esse texto perderá validade, por isso o
benefício foi para a MP do Bolsa Família.
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