Pernas inchadas pode ser sintoma de um câncer silencioso
caracterizado por um desenvolvimento lento – que demora anos para se
desenvolver
O fato acontece devido à disseminação do câncer para os gânglios linfáticos, que têm como cuja principal função filtrar substâncias nocivas | Reprodução: Internet
O câncer é a segunda causa de morte no Brasil, atrás apenas
das doenças cardiovasculares. A doença apresenta possibilidades de cura de até
90% (dependendo do tipo da neoplasia), quando detectado precocemente. Mas e
quando se enfrenta um câncer silencioso? É o caso do câncer cervical (ou
câncer do colo de útero), conhecido como um tumor silencioso, pois seu
desenvolvimento acontece lentamente sem muitos sintomas perceptíveis.
Mesmo quando a doença apresenta sintomas, eles podem ser
confundidos com efeitos colaterais do ciclo menstrual, com sangramento vaginal
e dor abdominal entre os sinais mais comuns. No entanto, a doença pode se
apresentar de maneiras mais incomuns, dependendo de quão avançada está. Pernas
inchadas, por exemplo, pode ser um sinal.
O fato acontece devido à disseminação do câncer para os
gânglios linfáticos próximos. De acordo com o Cancer Research, os locais
mais comuns de disseminação do câncer cervical são os gânglios linfáticos,
fígado, pulmões e ossos. Os gânglios linfáticos fazem parte de um sistema de
tubos e glândulas do corpo que filtram os fluidos corporais e combatem as
infecções.
Quando o câncer se espalha para os gânglios linfáticos, eles
parecem duros ou inchados, podendo impedir que o fluido linfático seja drenado.
Isso pode levar ao inchaço nas pernas devido ao acúmulo de líquido. De
características variáveis, o câncer cervical pode ser percebido à medida que a
doença progride. Alguns sintomas, no entanto, costumam ser recorrentes:
- sangramento
vaginal sem causa aparente – fora do ciclo menstrual;
- menstruação
irregular;
- corrimento
vaginal anormal – com coloração diferente, podendo ser marrom, e mau
cheiro;
- dor
pélvica durante relações sexuais;
- dor
abdominal;
- vontade
frequente de urinar;
- perda
de peso repentina.
Prevenir é a melhor opção
As principais formas de prevenção da doença é a realização do
papanicolau e a vacinação contra o HPV. A vacina está disponível no Sistema
Único de Saúde (SUS) para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14
anos. O imunizante protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do HPV – sendo os
dois primeiros que causam verrugas genitais e os dois últimos são responsáveis
por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero, de acordo com o Inca.
Mulheres imunossuprimidas, com HIV/Aids, transplantadas ou portadoras de
cânceres, a vacina é indicada até os 45 anos.
Além disso, por estar associada ao HPV, é fundamental o uso de preservativos durante as relações sexuais. Porém, o Instituto alerta que o preservativo protege parcialmente do contágio pelo HPV, visto que a transmissão também pode ocorrer pelo contato com a pele da vulva, região perineal, perianal e bolsa escrotal.