Autores de chacina contra ciganos tinham um único alvo, diz delegado

De acordo com o coordenador, o crime pode ter sido motivado por vingança.

 


A Polícia Civil de Feira de Santana, através da Delegacia de Homicídios, iniciou ainda no dia de ontem (14), as investigações para elucidar as quatro mortes ocorridas dentro de um restaurante no centro da cidade.

Quatro homens, todos ciganos, foram executados enquanto almoçavam com familiares. Uma mulher que não teve a identidade revelada, também foi atingida pelos disparos, mas não corre risco de morte.

As vítimas foram identificadas como Altamir de Oliveira Souza, 27 anos; Agnaldo de Oliveira Souza Junior, 35 anos; Jofre Souza dos Santos, 49 anos; e Amilton Valadares dos Santos, 51 anos.

Em entrevista ao Acorda Cidade, o coordenador da 1ª Coorpin, delegado Yves Correia, informou que os investigadores já descobriram qual veículo foi utilizado no crime.

 

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“O que se observa é que os autores não tiveram nem a sensibilidade com as pessoas que ali almoçavam, pessoas que não tinham nenhum tipo de envolvimento. Não só atingiram os homens, como também atingiram uma senhora que também faz parte da família e um outro rapaz que trabalha lá no restaurante. A Delegacia de Homicídios está a frente fazendo esta investigação, já sabemos qual o veículo foi utilizado, as equipes estão tentando localizar, o veículo estava com uma placa clonada, mas mesmo assim, as buscas continuam”, informou.

Segundo o delegado Yves Correia, a principal vítima estava em Feira de Santana para se apresentar ao Poder Judiciário.

“A principal vítima tinha um mandado de prisão preventiva em face dela. A informação preliminar passada pelo advogado, é que ele teria vindo para Feira de Santana, porque todos eles não são daqui, são de Madre de Deus, e ele veio para cá, justamente para ser ouvido, tentar se apresentar ao judiciário para que a prisão preventiva fosse revogada. Então vamos precisar verificar se houve alguma emboscada, se ele já estava sendo perseguido, buscar todas estas informações possíveis”, afirmou.

Ao Acorda Cidade, o coordenador da 1ª Coorpin, informou que os familiares estavam muito nervosos no momento do crime, mas a princípio, a motivação da morte pode ter sido por vingança.

“Os familiares estavam muito nervosos, estavam gritando, mas não queriam falar nada. Eu estive no local juntamente com a equipe da Polícia Civil, mas a gente sabe também que muitos familiares e testemunhas ficam com medo. Lá no momento por exemplo, um dos familiares informou que esta não era a primeira vez que isso acontecia. Existem várias linhas de investigação, a gente não pode descartar nenhuma, mas a Delegacia de Homicídios está trabalhando em uma possível vingança, uma vez que a principal vítima vinha sendo ameaçada”, disse.

O delegado ainda informou que cerca de três pessoas já foram ouvidas oficialmente, mas os investigadores já ouviram informalmente, ao menos 50 pessoas.

Com informações Acorda Cidade

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