Situação liga alerta na Saúde em relação à possibilidade de
novos casos de microcefalia em bebês
Macajuba - Bahia | Foto: Max Ribeiro
O aumento do número de casos de zika vírus, doença
transmitida por mosquitos do gênero Aedes, o mesmo transmissor da dengue e
chikungunya, acende um alerta para a população baiana, que registrou uma
diferença considerável de prováveis casos nos primeiros sete meses do ano em
relação ao mesmo período de 2022. De 1º de janeiro ao último dia 7, 1.689
notificações foram contabilizadas na Bahia, o que representa um incremento de
81,4% em comparação ao ano passado, quando foram registrados 931 casos. A
situação liga um alerta na Saúde em relação à possibilidade de registros de
novos casos de microcefalia em fetos, demandando maior cuidado em relação às
gestantes.
De acordo com o último boletim de arboviroses da Secretaria
da Saúde do Estado (Sesab), 125 municípios registraram notificação para zika,
sendo que seis apresentaram coeficientes de incidência maior ou igual a 100.
São eles: Itapé (204,8), Macajuba (203,2), Ituberá (187), Vera Cruz
(151,6), Piripá (126,8) e Barra da Estiva (104).
Outras arboviroses
Além dos dados sobre a zika, o mais recente Boletim
Epidemiológico da Sesab traz informações sobre a dengue e a chikungunya, também
arboviroses, ou seja, doenças causadas por vírus transmitidos, sobretudo, por
mosquitos.
De acordo com o Boletim, entre janeiro e a primeira semana de
agosto foram notificados 39.896 casos prováveis de dengue no estado, o que
equivale a um crescimento de 28,3% em relação ao mesmo período de 2022, quando
foram notificados 31.102 casos prováveis.
Ao todo, 24 municípios estão em situação epidêmica de dengue
na Bahia. São eles: Acajutiba, Alagoinhas, América Dourada, Camaçari, Conceição
do Almeida, Esplanada, Feira de Santana, Gandu, Ipiaú, Iraquara, Itagi,
Jandaíra, Lagoa Real, Lauro de Freitas, Macajuba, Novo Horizonte,
Ouriçangas, Porto Seguro, Rio Real, Rodelas, Salvador, Santa Cruz Cabrália,
Santo Antônio de Jesus e Uruçuca. Até o momento, há 10 óbitos por dengue
confirmados este ano.
Já em relação à chikungunya, foram registrados 13.778
casos prováveis na Bahia. No mesmo período de 2022, foram notificados 16.687
casos prováveis, o que representa uma redução de 17,4%. Este ano, foi
registrada uma morte pela doença no Sistema de Informação de Agravos de
Notificação (SINAN).
A situação epidemiológica da doença no estado é reflexo da
pandemia de covid-19, que recebeu atenção especial da comunidade médica nos
últimos três anos. É o que aponta o virologista e professor da Universidade
Federal da Bahia (Ufba) Gúbio Soares Santos, pesquisador responsável por
detectar o primeiro caso da doença no Brasil ao lado da também virologista
Silvia Inês Sardi.
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