Itamar Jesus Silva chegou a dizer que iria a um velório e
cuspiria no caixão de uma pessoa. Suspeito, que morreu em confronto com a
polícia, teria ficado chateado com o vídeo e, por isso, cometeu o crime.
— Max Ribeiro (@max_ribe_29) August 3, 2023
Testemunhas contaram à polícia que Itamar Jesus Silva, de 29
anos, executado durante uma live, gravou um vídeo ameaçando o suspeito do
crime. Na gravação compartilhada nas redes sociais, a vítima chegou a dizer que
iria a um velório e cuspiria no caixão, que seria do autor dos disparos
(assista acima).
“Segundo testemunhas, o suspeito ficou chateado com o vídeo
do Itamar fazendo esse tipo de ameaça para ele e foi lá e o matou”, explicou o
major Guilherme Gonzaga.
O g1 tentou contato com a família de Itamar nesta
quarta-feira (2), para obter mais detalhes do caso, mas não teve resposta até a
última atualização desta reportagem.
No vídeo, Itamar chegou a dizer para a pessoa “tomar
cuidado”. Segundo o Comando de Policiamento Especializado (CPE), o suspeito, que
usava o nome falso de Gabriel Reis da Silva, mas que se chamava Erasmo Carlos
Reis da Silva, morreu em confronto com a polícia na última terça-feira (1º),
dia do crime, em Caturaí, na Região Metropolitana da capital.
Itamar se apresentava como pai de santo e interagia com
seguidores quando foi morto. No vídeo, é possível ouvir o barulho dos disparos
e logo em seguida a tela fica preta.
Em nota, a Polícia Civil informou que "investiga o caso,
já identificou testemunhas e informações serão repassadas posteriormente".
A operação para localizar o suspeito contou com o uso até de
um helicóptero. A PM explicou que três homens estavam com o atirador horas
antes do crime e ele teria contado da intenção de matar Itamar.
“Eles nos relataram que estavam em um rio próximo à cidade e
o Gabriel estava armado e dizia a todo momento que iria matar esse desafeto
dele”, explicou o major Guilherme Gonzaga.
Segundo a PM, Erasmo era natural do Tocantins e tinha mandado
de prisão em aberto por tráfico de drogas e passagens criminais por homicídio,
sequestro, roubo, porte ilegal de arma de fogo e furto.
Pai de santo
Em nota, a Federação de Umbanda e Candomblé do Estado de
Goiás (Fuceg) informou que Itamar Silva não era filiado à entidade e se auto declarava
como "Pai Itamar de Ogum". A Fuceg disse que o homem também não era
filiado a federações de outros estados.
Itamar era iniciante na religião e não tinha sido ordenado
como “zelador de santo”, que é o termo correto, segundo a federação (leia
nota completa no fim da reportagem).
Itamar Jesus Silva foi morto a tiros enquanto fazia uma live em Caturaí, Goiás — Foto: Reprodução/Redes Sociais |
Nota Fuceg
O Sr. Itamar não era filiado a nenhuma federação daqui de
Goiás e nem de outros estados. A Federação de Umbanda e Candomblé do Estado de
Goiás não reconhece sacerdote ou sacerdotisa auto declarados.
Na Fuceg existe todo um processo de formalidades e
procedimentos tradicionais afro religiosos. Tudo para manter a ordem e os bons
costumes tradicionais de Matrizes Africanas de Terreiro do Estado de Goiás.
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