Em depoimento, Juliano Azevedo
disse lembrar apenas do primeiro golpe que deu no ombro da vítima
Mikaela e Juliano estavam juntos há quase 9 anos (Foto: Reprodução | Facebook) |
Preso após ser apresentar na
Delegacia de Polícia Civil de Anastácio, na tarde de segunda-feira (12), o
padeiro Juliano Azevedo Cardoso, 28 anos, alegou em depoimento que perdeu a
cabeça ao ser chamado de “corno” pela então esposa Mikaela Oliveira Rodrigues,
22 anos. Além disso, o assassino confesso da mulher afirmou que lembra apenas
do primeiro golpe que deu no ombro da vítima.
Juliano esteve na delegacia
acompanhado pelo advogado, mas acabou ficando preso por conta de um mandado já
expedido pela Justiça. À polícia, ele afirmou que em outubro completaria 9 anos
de casado com a vítima e que o crime teria acontecido na noite de quinta-feira
(7).
Em depoimento, o padeiro afirmou
que voltava de uma lanchonete junto com a família quando percebeu que a esposa
estaria trocando mensagens com alguém. A mulher tentava esconder o que estava
fazendo, mas em certo momento ele conseguiu tomar o celular da mão de Mikaela.
Segundo Juliano, a vítima estaria
conversando com um homem, identificado como Jhony, e que as mensagens mostravam
que os dois estariam mantendo um relacionamento já que se chamavam de “amor”.
Com isso, ele alega que o casal passou a discutir ainda dentro do carro, com as
crianças dormindo no banco traseiro.
Ao chegar em casa, o autor afirma
que entrou com a esposa na varanda e os filhos ficaram no carro. A discussão
continuou ali, até que Mikaela o teria chamado de “corno”. Juliano então diz
que neste momento perdeu a cabeça e pegou um canivete, que carregava para todos
os lados, e então deu um golpe no ombro da vítima.
De acordo com o relato, após ser
ferida, Mikaela foi até o banheiro e então o autor afirma não se lembrar do que
aconteceu depois. Na delegacia, o padeiro afirmou que só recuperou a consciência
quando estava em frente à casa do suposto amante da vítima. Juliano então diz
que foi tomado pelo desespero ao ver o canivete e as roupas sujas de sangue.
Canivete usado pelo autor foi entregue na delegacia (Foto: Divulgação | PCMS) |
O homem então correu para casa,
trocou de roupas e seguiu até a residência de sua mãe com as crianças ainda
dormindo no carro. Lá ele disse apenas que havia feito besteira e precisava
sair da cidade e ela teria que ir junto para cuidar das crianças.
Ainda conforme o depoimento, quando
estava saindo da cidade, ele mandou mensagens para o padrasto de Mikaela,
acreditando que ele ainda poderia encontrar a vítima com vida e seguiu para
Campo Grande, onde deixou os filhos e a mãe na casa de um familiar. Depois, voltou
para se entregar à polícia.
Juliano terminou o depoimento afirmando
que era muito apaixonado pela esposa e que perdeu a cabeça ao saber da suposta
traição e que se apresentou para pagar pelo que fez. O canivete usado no crime
foi entregue na delegacia e o autor deve ser encaminhado para presídio ainda
nesta terça-feira (12).
Juliano se entregou à polícia na tarde de segunda-feira e ficou preso (Foto: Reprodução | Facebook) |
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