Carro de Carlos André foi
incendiado próximo ao local onde os corpos foram localizados. Crime aconteceu
em Porto Seguro, município em que vítimas passavam feriado.
Casal passou o feriado de Nossa Senhora Aparecida, celebrado na quinta-feira (12), no litoral do extremo sul do estado — Foto: Reprodução/Redes Sociais
Um bilhete com referência a uma
facção criminosa foi encontrado ao lado de casal morto a tiros no domingo (15),
em uma estrada vicinal, na Aldeia Xandó, em Porto Seguro, no extremo sul da
Bahia. O carro de uma das vítimas foi incendiado próximo ao local onde os
corpos foram localizados. As informações são da Polícia Civil.
Segundo informações da 23ª
Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin/Eunápolis), a principal linha de
investigação aponta que a motivação do crime seria disputa entre facções
criminosas.
Os autores do duplo homicídio, que
ainda não foram identificados, deixaram uma folha de papel com a frase: “PCE É
BALA”, dentro da roupa de Carlos André dos Santos, de 29 anos, uma das vítimas.
A sigla PCE faz referência à facção criminosa "Primeiro Comando de
Eunápolis".
Carlos André dos Santos e Ana Julia
Freire dos Santos, de 22 anos, moravam em Eunápolis e passaram o feriado de
Nossa Senhora Aparecida, celebrado na quinta-feira (12), no litoral de Porto
Seguro. Eles foram mortos enquanto retornavam para o município em que residiam.
A 23ª Coorpin informou que Carlos
André dos Santos foi baleado 18 vezes nas regiões das costas e no tórax. Nenhum
estojo, cartucho intacto ou projétil foi encontrado no local.
A unidade policial informou que
existe a possibilidade das mortes estarem relacionadas com a rivalidade entre
facções com atuação em Porto Seguro, com o grupo criminoso PCE de Eunápolis.
Carro incendiado foi encontrado próximo ao local onde as vítimas foram achadas, em Porto Seguro — Foto: Reprodução/PC-BA
De acordo ainda com a perícia, os
corpos foram retirados do veículo, arrastados e deixados no local. Não existem
evidências de que a execução do duplo homicídio tenha ocorrido onde as vítimas
foram encontradas.
A estrada teria servido com um
local de desova dos corpos de Carlos André dos Santos e Ana Julia Freire dos
Santos e destruição do carro.
A polícia informou que Carlos André
usava o veículo para trabalhar como motorista por aplicativo. Já Ana Julia
trabalhava em uma autoescola, em Eunápolis.
Ainda segundo a polícia, Carlos
André tinha passagem por crimes de roubo majorado e homicídio. A namorada dele
não possuía antecedentes criminais.
Nas redes sociais, o casal se
intitulava pai dos cachorros Maya e Mayllon. O perfil de Ana Júlia era aberto,
sem restrições de visualização por usuários da rede social. Já o de Carlos
André estava restrito para os seguidores dele.
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