Daniel Sonnewend Proença, de 32 anos, passou por cirurgia
após ser atingido na quinta. Outros três médicos morreram. Câmera de quiosque
gravou criminosos saindo de carro e atirando em grupo. Principal hipótese é de
que vítimas foram confundidas com outro alvo dos bandidos.
— Max Ribeiro (@max_ribe_29) October 7, 2023
"Pessoal, eu tô bem, viu? Tá tudo tranquilo graças a Deus. Só algumas fraturas, mas vai dar certo. A gente vai sair dessa juntos. Valeu pela preocupação. Obrigado!", disse o médico paulista Daniel Sonnewend Proença, de 32 anos, que foi baleado 14 vezes mas sobreviveu ao ataque de criminosos em um quiosque Rio de Janeiro, na quinta-feira (5).
Três outros médicos, colegas dele, morreram: Diego Ralf Bomfim, Marcos de Andrade Corsato e Perseu Ribeiro Almeida.
A declaração de Daniel foi divulgada nesta sexta (6) num
vídeo postado nas redes sociais (veja acima). Nas imagens, ele aparece com uma
máscara e deitado na cama de um hospital enquanto é filmado por outra pessoa. A
gravação foi divulgada inicialmente na página da jornalista Lu Lacerda no
Instagram, que é aberta ao público. A rede social do médico é privada.
Segundo o último boletim médico sobre o seu estado de saúde é
estável, Daniel está lúcido, orientado e respira sem a ajuda de aparelhos. Ele
deu entrada no Hospital Lourenço Jorge, onde passou por uma cirurgia ortopédica
nas pernas, mas foi transferido depois para o Hospital Samaritano Barra.
O médico se formou pela Faculdade de Marília, interior de São
Paulo, em 2016, e é especialista em cirurgia ortopédica.
Diego Ralf Bomfim, Marcos de Andrade Corsato e Perseu Ribeiro Almeida — Foto: Reprodução |
Os quatro médicos baleados estavam no quiosque em frente ao
hotel onde tinham se hospedado para participar de um congresso internacional de
ortopedia. A ação criminosa foi gravada por câmeras (veja abaixo).
Três criminosos desceram de um carro branco e foram em
direção aos amigos, que acabaram baleados. Ao menos 33 disparos foram feitos
pelos bandidos. A ação durou cerca de 30 segundos.
Até a última atualização desta reportagem nenhum suspeito
pelo crime foi identificado ou preso. As polícias do Rio e de São Paulo
investigam o caso, trocando informações. A Polícia Federal (PF) também apura
quem cometeu a chacina e por quais motivos.
Diego era irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP). A
PF investiga se o crime teve motivação política. Mas até o momento a principal
hipótese é de que as vítimas tenham sido confundidas com um miliciano que seria
alvo de traficantes. E por esse motivo parte do grupo acabou morta por engano.
Daniel Proença, médico levou 14 tiros e sobreviveu, aparece em vídeo publicado na página de jornalista — Foto: Reprodução/Instagram |
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