Veja:
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O que aconteceu?
Bruno Adão Gomes da Silva, de 35 anos, foi baleado na cabeça
após fugir de uma briga no trânsito em 30 de setembro. Ele entrou na base da Guarda
Municipal em busca de abrigo, mas foi perseguido e baleado pelo cabo Aldir
Gonçalves Ramos da Polícia Militar, de 40 anos.
O episódio começou na Avenida Otacílio Negrão de Lima, na
região da Pampulha. Bruno tentou fugir do PM correndo em direção a uma Unidade de Segurança
Preventiva da Guarda Municipal, mas foi seguido.
O cabo, ao chegar na unidade, se identificou como policial
militar à paisana do Batalhão de Choque e alegou estar perseguindo o homem por
tentativa de roubo,
segundo informações da Prefeitura de Belo Horizonte.
Aldir, de camiseta branca, entra com arma em punho e dá
coronhadas no motorista de aplicativo. A pistola é disparada e o tiro acerta o olho de Bruno,
que cai desacordado.
O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) levou o homem para o
Pronto-Socorro do Hospital João XXIII, de acordo com a Prefeitura de BH.
Bruno passou por uma cirurgia na cabeça e perdeu um dos
olhos. Em
publicação nas redes sociais, ele conta que é pai de três filhos e pede ajuda
para arcar com os custos do tratamento. A vaquinha divulgada na internet já
arrecadou 15 mil reais, a meta é de 20 mil reais.
O que dizem as autoridades
O inquérito foi concluído e remetido à Justiça, com indiciamento por lesão corporal
de natureza grave, diz a Polícia Civil, responsável pela investigação do
ocorrido.
O cabo está preso e à disposição da Justiça, segundo a Polícia Militar. A
Corregedoria da corporação também acompanha o caso.
Um procedimento disciplinar para apurar a conduta dos agentes
que estavam de serviço naquela Unidade de Segurança Preventiva foi instaurado pela Corregedoria da Guarda
Municipal de BH.
O UOL tenta contato com a defesa do PM Aldir Gonçalves Ramos
e com os agentes da Guarda Municipal que estavam presentes no momento do
disparo. O
espaço segue aberto para manifestação.
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