A Polícia Civil divulgou que o suspeito tinha mandados de
prisão em aberto. Atualmente, ele está na Penitenciária Dr. Osvaldo Florentino
Leite Ferreira, em Sinop.
Gilberto Rodrigues dos Anjos, de 32 anos, — Foto: Reprodução |
O suspeito da chacina contra uma mãe e três filhas, em
Sorriso, a 420 km de Cuiabá, Gilberto Rodrigues dos Anjos, de 32 anos, estava
foragido por outros dois crimes. A Polícia Civil de Mato Grosso divulgou que
ele tinha dois mandados de prisão em aberto por latrocínio – roubo seguido de
morte – em Mineiros (GO), e por estupro, em Lucas do Rio Verde, a 360 km da
capital.
O crime contra a família ocorreu na última sexta-feira (24)
na casa onde as vítimas moravam, no Bairro Florais da Mata, mas só foi
descoberto na segunda-feira (27), quando os corpos foram encontrados. Após ser
interrogado, Gilberto confessou o crime à polícia e deu detalhes sobre o
ocorrido.
— Max Ribeiro (@max_ribe_29) November 29, 2023
O delegado responsável pelo caso, Bruno França, disse que o
suspeito premeditou o crime.
Gilberto passou por audiência de custódia nessa terça-feira
(28) e a prisão foi mantida pela Justiça. Ele foi encaminhado à Penitenciária
Dr. Osvaldo Florentino Leite Ferreira, em Sinop, a 503 km de Cuiabá.
Estupro e tentativa de homicídio
Conforme registro na Polícia Civil, em setembro deste ano,
Gilberto invadiu uma casa e cometeu abuso contra uma mulher que estava
dormindo. Após o crime, ele ainda tentou matar a vítima, que conseguiu reagir,
mas foi ferida no pescoço.
Outra vítima, que também estava dormindo na casa, tentou
intervir e foi atingida por um soco no rosto, causando lesões no olho direito.
Em seguida, o suspeito fugiu em uma bicicleta.
Latrocínio
De acordo com o Ministério Público de Goiás, em dezembro de
2013, Gilberto matou o jornalista Osni Mendes Araújo enquanto a vítima estava
desacordada.
Segundo a investigação, na noite do crime, os dois saíram
juntos no carro do jornalista e pararam na Rua Rio Verdinho. Em seguida, Osni
teria manifestado interesse em se relacionar com o suspeito, que se revoltou
com a proposta e o agrediu com um soco no rosto, fazendo com que ele
desmaiasse.
Após a agressão, Gilberto matou Osni enforcando-o com a
própria camiseta. Em seguida, ele roubou o carro do jornalista e fugiu para se
esconder na chácara de um amigo.
Por esse crime, Gilberto ficou preso durante 7 meses. A
Polícia Civil de Mineiros não soube informar se ele fugiu da prisão ou se foi
solto, à época.
Chacina
Foto da família publicada nas redes sociais em um passeio na praia, publicada em 2018 — Foto: Instagram |
Cleci Calvi Cardoso, de 45 anos, Miliane Calvi Cardoso, de 19
anos, Manuela Calvi Cardoso, 13 anos, e Melissa Calvi Cardoso, de 10 anos,
foram encontradas mortas dentro de uma casa, no Bairro Florais da Mata, em
Sorriso, na segunda-feira (27), dois dias após o crime.
Segundo a Polícia Civil, três das quatro vítimas foram
encontradas degoladas e com sinais de abuso sexual. Já a criança teria sido
morta por asfixia.
Durante as investigações, a perícia encontrou marcas de
chinelo no piso, que estava manchado de sangue, na casa das vítimas. Em
seguida, os policiais encontraram o chinelo do suspeito com as mesmas
características das marcas no piso, confirmando então se tratar do
mesmo calçado que havia marcado o chão da casa.
De acordo com a polícia, o investigado entrou no local pela
janela do banheiro. Ao ser interrogado pelos agentes, o suspeito ficou nervoso
e confessou o crime.
Durante o interrogatório, ele admitiu que invadiu a casa das
vítimas na noite de sexta-feira (24), após fazer uso de entorpecentes. Segundo
ele, a intenção era de roubar, mas após ser confrontado pela mãe das meninas,
ambos entraram em luta corporal e a mulher foi atacada com uma faca.
Neste momento, a filha mais velha saiu do quarto para
socorrer a mãe e também foi atacada. Na sequência, ele confessou que assassinou
as outras duas vítimas, ambas menores de idade.
Local foi interditado — Foto: TV Centro América |
Ainda durante o interrogatório, o investigado contou que saiu
da casa pela mesma janela por onde entrou e voltou para a obra, onde retirou as
roupas sujas de sangue e guardou em um contêiner.
A polícia localizou as roupas e encaminhou para a perícia. No
local também havia uma peça de roupa íntima de uma das vítimas.