Roubo, estupro e assassinato: veja histórico violento de investigado por chacina contra mãe e 3 filhas em MT

A Polícia Civil divulgou que o suspeito tinha mandados de prisão em aberto. Atualmente, ele está na Penitenciária Dr. Osvaldo Florentino Leite Ferreira, em Sinop.

 

Gilberto Rodrigues dos Anjos, de 32 anos, — Foto: Reprodução

O suspeito da chacina contra uma mãe e três filhas, em Sorriso, a 420 km de Cuiabá, Gilberto Rodrigues dos Anjos, de 32 anos, estava foragido por outros dois crimes. A Polícia Civil de Mato Grosso divulgou que ele tinha dois mandados de prisão em aberto por latrocínio – roubo seguido de morte – em Mineiros (GO), e por estupro, em Lucas do Rio Verde, a 360 km da capital.

O crime contra a família ocorreu na última sexta-feira (24) na casa onde as vítimas moravam, no Bairro Florais da Mata, mas só foi descoberto na segunda-feira (27), quando os corpos foram encontrados. Após ser interrogado, Gilberto confessou o crime à polícia e deu detalhes sobre o ocorrido.

 

O delegado responsável pelo caso, Bruno França, disse que o suspeito premeditou o crime.

Gilberto passou por audiência de custódia nessa terça-feira (28) e a prisão foi mantida pela Justiça. Ele foi encaminhado à Penitenciária Dr. Osvaldo Florentino Leite Ferreira, em Sinop, a 503 km de Cuiabá.

Estupro e tentativa de homicídio

Conforme registro na Polícia Civil, em setembro deste ano, Gilberto invadiu uma casa e cometeu abuso contra uma mulher que estava dormindo. Após o crime, ele ainda tentou matar a vítima, que conseguiu reagir, mas foi ferida no pescoço.

Outra vítima, que também estava dormindo na casa, tentou intervir e foi atingida por um soco no rosto, causando lesões no olho direito. Em seguida, o suspeito fugiu em uma bicicleta.

Latrocínio

De acordo com o Ministério Público de Goiás, em dezembro de 2013, Gilberto matou o jornalista Osni Mendes Araújo enquanto a vítima estava desacordada.

Segundo a investigação, na noite do crime, os dois saíram juntos no carro do jornalista e pararam na Rua Rio Verdinho. Em seguida, Osni teria manifestado interesse em se relacionar com o suspeito, que se revoltou com a proposta e o agrediu com um soco no rosto, fazendo com que ele desmaiasse.

Após a agressão, Gilberto matou Osni enforcando-o com a própria camiseta. Em seguida, ele roubou o carro do jornalista e fugiu para se esconder na chácara de um amigo.

Por esse crime, Gilberto ficou preso durante 7 meses. A Polícia Civil de Mineiros não soube informar se ele fugiu da prisão ou se foi solto, à época.

Chacina

 

Foto da família publicada nas redes sociais em um passeio na praia, publicada em 2018 — Foto: Instagram

Cleci Calvi Cardoso, de 45 anos, Miliane Calvi Cardoso, de 19 anos, Manuela Calvi Cardoso, 13 anos, e Melissa Calvi Cardoso, de 10 anos, foram encontradas mortas dentro de uma casa, no Bairro Florais da Mata, em Sorriso, na segunda-feira (27), dois dias após o crime.

Segundo a Polícia Civil, três das quatro vítimas foram encontradas degoladas e com sinais de abuso sexual. Já a criança teria sido morta por asfixia.

Durante as investigações, a perícia encontrou marcas de chinelo no piso, que estava manchado de sangue, na casa das vítimas. Em seguida, os policiais encontraram o chinelo do suspeito com as mesmas características das marcas no piso, confirmando então se tratar do mesmo calçado que havia marcado o chão da casa.

De acordo com a polícia, o investigado entrou no local pela janela do banheiro. Ao ser interrogado pelos agentes, o suspeito ficou nervoso e confessou o crime.

Durante o interrogatório, ele admitiu que invadiu a casa das vítimas na noite de sexta-feira (24), após fazer uso de entorpecentes. Segundo ele, a intenção era de roubar, mas após ser confrontado pela mãe das meninas, ambos entraram em luta corporal e a mulher foi atacada com uma faca.

Neste momento, a filha mais velha saiu do quarto para socorrer a mãe e também foi atacada. Na sequência, ele confessou que assassinou as outras duas vítimas, ambas menores de idade.

 

Local foi interditado — Foto: TV Centro América

Ainda durante o interrogatório, o investigado contou que saiu da casa pela mesma janela por onde entrou e voltou para a obra, onde retirou as roupas sujas de sangue e guardou em um contêiner.

A polícia localizou as roupas e encaminhou para a perícia. No local também havia uma peça de roupa íntima de uma das vítimas.

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