Segundo a polícia, ele é suspeito
de abusar sexualmente dos jogadores com idades entre 15 e 17 anos. Ele foi
preso durante Operação Bloqueio nesta terça (14).
— Max Ribeiro (@max_ribe_29) November 14, 2023
O técnico da seleção amazonense de
vôlei sub 16, Walhederson Brandão Barbosa, 40 anos, foi preso em Manaus, na
manhã desta terça-feira (14). A Polícia Civil do Amazonas informou que o
flagrou dormindo na cama dele com dois jogadores de 15 anos.
A Operação Bloqueio, que resultou
na prisão de Walhederson, ocorreu no início da manhã desta terça. Policiais
civis da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e Adolescente (Depca)
prenderam o técnico de vôlei casa dele, na Vila da Prata, na Zona Oeste.
O técnico é suspeito de abusar
sexualmente dos jogadores, que têm de 15 a 17 anos, segundo a polícia.
Em nota, a Federação Amazonense de
Voleibol repudiou o caso, e disse que está à disposição das autoridades, para
prestar esclarecimentos (leia detalhes abaixo).
Jogadores moram com técnico
Segundo a polícia, seis
adolescentes estão morando com o técnico. Até agora, cinco vítimas
prestaram depoimento à Polícia Civil. Elas afirmaram que, em troca de vaga no
time, precisavam fazer sexo com o suspeito.
Quando os investigadores entraram
na casa de Walhederson, encontraram dois adolescentes de 15 anos dormindo com
ele na cama. Ainda segundo a polícia, o técnico da seleção amazonense
filmava os estupros.
"Ele praticava atos sexuais
com os adolescentes com a promessa de torná-los atletas profissionais em times
de prestígio", afirmou a Polícia Civil.
A Justiça decretou a prisão
temporária dele por 30 dias. Walhederson deve responder por favorecimento à
prostituição e exploração sexual dos próprios alunos.
O que diz a Federação de Vôlei
Em nota, a Federação Amazonense de
Voleibol informou que a instituição não tolera qualquer tipo de assédio e o
técnico foi suspenso:
"Seus profissionais devem ter,
além da competência que o cargo exige, compromisso com a conduta pessoal.
Enquanto as autoridades tomam as devidas providências, a FAV opta por suspender
o referido técnico de todas as atividades oficiais desta federação, bem como
suspender por tempo indeterminado o registro Nacional de treinador no Sistema
Nacional de Registro", diz a nota.
A entidade afirmou que não recebeu
registros que indicassem a ocorrência dos casos registrados pela Polícia Civil.
"A Federação Amazonense de
Voleibol em nenhum momento, em busca de qualquer atitude nociva de treinador,
encontrou qualquer tipo de ocorrência que nos levasse ao conhecimento das
atitudes repugnantes do envolvido", diz a instituição.
Também em nota, a Confederação
Brasileira de Vôlei (CBV) disse que determinou à Federação Amazonense de
Voleibol o afastamento imediato de Walhederson Brandão Barbosa das funções, e
que suspendeu o registro dele na entidade. "Não podendo ele atuar ou
participar de nenhuma competição oficial de voleibol até que os fatos sejam
devidamente apurados", disse, em nota.
A CBV também afirmou que repudia
qualquer tipo de assédio. "Trabalha de forma incessante por um ambiente
pautado pela ética e pelo respeito, e livre de qualquer tipo de violência ou
preconceito", finalizou.