Marcelo Rubim Benchimol foi agredido na noite do último
sábado (2) na Avenida Nossa Senhora de Copacabana. A agressão foi registrada
por uma câmera de segurança. Vítima desmaiou e foi socorrida por policiais
militares.
A Polícia Civil do Rio está analisando um novo vídeo gravado
por uma câmera de segurança da Av. Nossa Senhora de Copacabana, na Zona Sul,
que mostra o empresário Marcelo Rubim Benchimol, sendo atacado por um grupo de
mais de 15 pessoas, no último sábado (2).
No vídeo é possível ver um dos integrantes do grupo de
criminosos se aproximando de uma mulher na calçada da via. Ela é a primeira
vítima do bando. Um dos homens chega por trás e rouba alguma coisa do bolso da
calça da mulher.
Logo em seguida, ao tentar atravessar a rua, a vítima é cercada por mais cinco suspeitos. Ela tenta correr, mas um deles segura sua bolsa. Nesse momento, o empresário Marcelo Benchimol aparece na imagem.
Veja:
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Ele impede o ataque contra a mulher e entra em confronto com
os cinco homens. Marcelo é agredido, mas consegue sair. Contudo, após o
primeiro grupo fugir da cena do crime, logo uma nova turma chega para continuar
com as agressões.
Em poucos segundos, o empresário está frente a frente com
outro homem, que o agride com um soco bastante potente. Marcelo cai
sentado em um vaso de plantas na calçada.
Ao tentar fugir dos agressores, o empresário é novamente
atingido, dessa vez por um soco ainda mais forte, por trás. O novo golpe
derruba de vez o empresário, que cai desmaiado no chão.
Os bandidos cercam e roubam Marcelo. Em seguida, integrantes
do primeiro grupo se juntam a um grupo ainda maior, que vinha andando pela
mesma calçada. Ao todo, esse novo bando conta com, pelo menos, mais 11 pessoas.
A Polícia Civil informou que está procurando por imagens que
mostrem a rota de fuga do grupo. A 13ª DP (Ipanema), responsável pela
investigação, já sabe que os suspeitos saíram do Arpoador, entraram na rua
Francisco Otaviano e depois na Av. Nossa Senhora de Copacabana.
Os investigadores também estão em contato com outras
delegacias da região para saber se o mesmo grupo cometeu outros crimes no
Arpoador, Leblon ou Copacabana. A polícia ainda procura identificar a
mulher que aparece nas imagens sendo assaltada.
A Polícia Civil pediu que informações sobre os autores sejam
encaminhadas para o Disque-Denúncia, no número 2253-1177.
Depoimento
O empresário Marcelo Rubim Benchimol esteve
na 13ª DP (Ipanema) nesta segunda-feira (4) e contou sobre o momento em
que caiu após receber um soco durante um assalto em Copacabana, na Zona
Sul do Rio, no fim de semana. A agressão foi registrada por câmeras de
segurança.
“Eu me lembro que eu estava indo para a academia e vi uma
moça sendo atacada. O principal que eu pensei foi: 'ou eu fujo ou eu ajudo
ela'. Optei por ajudar”, disse.
Marcelo falou que logo em seguida começou uma
"pancadaria".
"Eu me desvencilhei, mas depois um rapaz me acertou um
soco. Eu estava de óculos, o óculos enterrou no meu rosto, e aí eu desmaiei”,
lembra. Segundo ele, foram mais de 20 agressores, mas dificilmente conseguirá
reconhecê-los.
O empresário disse que acordou em uma Unidade de Pronto
Atendimento (UPA) e agradeceu aos policiais militares que o ajudaram.
Ele contou que fez nesta segunda-feira (4) uma tomografia e
um exame de fundo de olho, que não apontaram nenhuma sequela. Marcelo fez um
R.O online e descansou no domingo antes de ir à 13ª DP.
Marcelo Rubim Benchimol levou soco durante assalto em Copacabana — Foto: Henrique Coelho/g1 Rio |
O ataque
O ataque aconteceu na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, na
noite do último sábado (2). Uma câmera de segurança flagrou tudo. O crime
acontece numa época do ano em que as praias da região ficam mais cheias.
Nas imagens é possível ver um grupo de mais de 10 pessoas
passando pela avenida. Em seguida, alguns jovens começam a correr. No sentido
contrário aparece um homem de blusa branca e bermuda azul. Um jovem sem camisa
e de boné dá um soco na vítima, que aparentemente tenta se defender, mas cai
desacordada.
O agressor foge enquanto outros dois jovens mexem no homem
caído para roubá-lo. Eles sem afastam e se juntam a um bando que passa enquanto
duas pessoas saem de um prédio para ajudar o homem que continua desacordado.
Nenhum membro do grupo foi identificado.
'Ato covarde', diz porta-voz da PM
Ao Bom Dia Rio, da TV Globo, o porta-voz da Polícia
Militar, coronel Marco Andrade, definiu a ação como "um ato covarde".
"(Foi) Um ato covarde. Nós nos solidarizamos com o
senhor Marcelo que foi prontamente atendido por uma equipe da Polícia Militar,
e conduzido até a UPA. E lá, depois de atendido, ele optou de fazer o registro
posteriormente. Sobre o caso propriamente dito, as forças de segurança
trabalham de forma integrada. Os policiais militares do 19º BPM, batalhão de
área, já trabalham com a 13ª DP. As imagens já foram recolhidas e estamos
trabalhando para realizar a prisão desses criminosos", afirmou.
Praias lotadas
No horário em que tudo aconteceu era bem na saída das praias.
O verão ainda não chegou, mas o sol forte tem atraído os cariocas para as
praias.
Copacabana costuma ser uma das mais frequentadas é exatamente
aos fins de semana que mais cenas como essas surgem. A tendência é que o bairro
fique cada vez mais cheio.
Por conta disso, surge a preocupação de todos: moradores,
banhistas e até passageiros. São assaltos - em grupo ou não - arrastões nas
areias, na orla, nas ruas e dentro do ônibus. Tem, até mesmo, vandalismo.
Em uma rede social, neste domingo (3), a Polícia Militar
afirmou que "policiais de diversos batalhões da capital apreenderam mais
de 15 objetos perfurocortantes".
Segundo a corporação, "este número é fruto da
intensificação da operação verão, onde militares estão realizando abordagens
preventivas diuturnamente por toda cidade do Rio de Janeiro".
Facas apreendidas pela PM neste final de semana — Foto: Reprodução/TV Globo |
Operação Verão
Desde o dia 7 de setembro, a PM faz a Operação Verão
2023/2024 no estado. De acordo com a corporação, até o último sábado, dia 2,
239 pessoas foram conduzidas para a delegacia, 127 foram presas e mais de 500
materiais perfuro cortantes foram apreendidos, que corresponde a uma média de
nove apreensões por dia.
No entanto, mesmo com a operação em cursos e com reforço no
efetivo de homens, o caso do último sábado não foi evitado.
"Aos finais de semana e feriados, nós empregamos na
nossa operação verão mais de 1.000 mil policiais militares. É um verdadeiro
esforço de guerra. Em nenhuma cidade do mundo se mobiliza um efetivo policial
tão grande para que as pessoas possam ir à praia e se divertir", disse o
porta-voz, que falou sobre a reincidência de suspeitos de crimes.
"De cada quatro pessoas que cometem crime de furto e
roubo na região da Zona Sul, uma é reincidente. São números absurdos,
alarmantes, que mostram e indicam que precisamos fazer algo para mudar para
isso".