Rodrigo Júnior deu entrada na UPA com hematomas e
desfalecido; segundo a polícia, esta não é a primeira vez que ele foi agredido
Rodrigo Júnior tinha 2 anos e não resistiu aos ferimentos causados pelas agressões
Um menino de 2 anos morreu após ter dado entrada na UPA
(Unidade de Pronto Atendimento) de Itaquera, na zona leste de São Paulo, no fim
da noite da quarta-feira (20). Os pais são suspeitos de ter espancado a criança
até a morte.
Segundo informações do policial militar Marcio Rocha, que
também é ex-cunhado da mãe da criança, o menino deu entrada já desfalecido na
unidade de saúde.
Os médicos tentaram reanimar a criança, sem sucesso. O óbito
foi constatado no local. Quando questionados sobre os diversos hematomas que o
menino apresentava, os pais não souberam explicá-los, e as alegações não eram
compatíveis com os ferimentos.
A equipe médica, então, acionou a Polícia Militar, que
encaminhou ambos à delegacia, onde estão prestando depoimento. Testemunhas
também foram convocadas para prestar esclarecimentos.
Ainda segundo Marcio, o pai do menino se chama Rodrigo
Pinheiro Queiroz, tem 27 anos e possui quatro filhos, incluindo a vítima,
Rodrigo Júnior.
Ele já foi preso e investigado por perseguir e tentar
sequestrar a ex-companheira em Santos, no litoral sul de São Paulo, em maio
deste ano.
Já a mãe de Rodrigo Júnior é Eliana da Paixão dos Santos, de
21 anos. Ela também já teria sido agredida pelo companheiro.
Conselho Tutelar acionado anteriormente
Marcio informou ainda que, em 12 de novembro, o menino deu
entrada no Hospital Santa Marcelina, de Itaquera, com hematomas semelhantes aos
causados por agressões.
Na ocasião, o Conselho Tutelar foi acionado, e a
criança foi retirada da mãe e deixada com a avó materna. Depois, Júnior foi
devolvido a Eliana. Marcio não soube explicar o motivo.
A avó do menino informou, em entrevista à RECORD,
que estava em contato com o Conselho Tutelar da unidade Cidade Tiradentes, pois
tentava a guarda do neto na Justiça.
Ela disse que acredita que a filha tenha compactuado com as
agressões, mas que já não estava tendo muito contato com Eliana, que se afastou
da família.
Contou que, desde novembro, a filha a bloqueou nas redes
sociais, assim como fez com outros familiares. A mulher acredita que a filha
tenha sido coagida por Rodrigo.
A avó também informou que Eliana já estava com o suspeito
quando ele agrediu a ex-companheira. Os outros filhos dele também sofreram
agressões do pai.
O caso está sendo apresentado no 24° DP (Ponte Rasa).
A defesa de Rodrigo e de Eliana não foi localizada, mas o
espaço segue aberto caso eles queiram se manifestar.