Previsão é que projeto emita 6 milhões de bilhetes; primeiros
contemplados vão ser aposentados e estudantes do Prouni
Governo quer emitir 6 milhões de passagens
O programa "Voa Brasil", que vai possibilitar a
venda de passagens aéreas a R$ 200, deve ser lançado no dia 5 de fevereiro. A
previsão foi confirmada pela assessoria do Ministério de Portos e Aeroportos
nesta quarta-feira (24). O governo espera que sejam comercializados 6 milhões
de bilhetes em 2024. O programa tem como objetivo incentivar o turismo nacional
e o desenvolvimento regional, promovendo inclusão social.
Nesta primeira fase, o "Voa Brasil" vai contemplar
aposentados federais que não tenham viajado nos últimos 12 meses e recebam até
dois salários mínimos mais os alunos do Programa Universidade para Todos
(ProUni). A expectativa do Ministério de Portos e Aeroportos é que cerca
de 5 milhões de CPFs que não viajam passem a voar a partir dos descontos
oferecidos pela iniciativa.
A ideia do programa é tornar as viagens de avião acessíveis a
mais brasileiros e impulsionar o deslocamento dentro do país, principalmente
para localidades menos atendidas por esse tipo de transporte.
Segundo o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa
Filho, a intençãoé criar "um Voa Brasil internacional", para
viabilizar a ida de estudantes ao exterior, com bolsas. "O aluno de escola
pública que quer fazer um curso em Cambridge, em Harvard, não tem condições.
Essa pode ser uma proposta que venha a surgir nesse programa. Estamos
trabalhando com as companhias aéreas para fazer um belo programa", afirmou
na ocasião.
112 milhões de passageiros em 2023
O setor aéreo brasileiro movimentou mais de 112 milhões de
passageiros em 2023. Foi a primeira vez que os resultados do setor
ultrapassaram 100 milhões de passageiros anuais desde o início da pandemia em
2020.
O setor teve um aumento de 15,3% em relação a 2022. O
resultado ficou abaixo do registrado em 2019. O aeroporto de Guarulhos, na
grande São Paulo, foi o que recebeu mais voos, com 14,7% de todo fluxo
doméstico do país e 32% do internacional.
Na sequência aparecem Congonhas, na capital paulista, e o
aeroporto de Brasília. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (22) pelo
Ministério do Turismo e de Portos e Aeroportos.