Michel Swire Magioli, de 27 anos, chegou a afirmar que ‘era de boa família’ e ‘não precisava estar nessa situação’. Ele vai responder por tráfico e corrupção ativa, já que ofereceu R$ 10 mil a delegado.
A Polícia Civil afirma que um traficante tentou subornar
agentes depois que foi preso na porta de casa na Tijuca, Zona Norte do Rio.
Michel Swire Magioli, de 27 anos, estava levando drogas em um carro de luxo.
Depois de ser pego em flagrante, primeiramente, ele ofereceu
o carro como pagamento para não ser levado para a delegacia, segundo o delegado
Allan Duarte.
Já em sede policial, ele começa a oferecer dinheiro.
"Combinado não sai caro, entendeu? Tipo, falar, somos 8
aqui, quero 10 pra cada. Pô, eu tenho capacidade, entendeu? Pra gente resolver
da melhor forma”, tenta negociar Michel.
Para ter certeza, o delegado pergunta se ele estava
oferecendo R$ 10 mil.
"Você está me oferecendo dinheiro, pra não efetuar uma
prisão em flagrante? De tráfico de drogas? R$ 10 mil?”, questiona Duarte.
“Não, não é. R$ 10 mil não é pra todo mundo, entendeu?”,
responde o preso.
Depois disso, o delegado reforça a prisão e destaca que, a
partir daquele momento, o preso passa a responder também por corrupção ativa,
além de tráfico de drogas. Então, Michel responde:
"Sou de família boa. Não precisava estar nesse negócio”.
Na casa dele foram apreendidos R$ 9 mil, 755 dólares e 400
pesos uruguaios, além de drogas.
Uma bandeira desenhada na embalagem do cigarro eletrônico dá
pistas de onde a mercadoria vinha. Segundo a polícia, provavelmente era do
exterior. As drogas eram revendidas por um preço mais alto, tendo destino um
público de alto poder aquisitivo.
A investigação aponta que os entorpecentes eram levados da
casa até consumidores, em uma forma de delivery. Michel tinha sido preso por
tráfico em 2016, chegou a ser condenado mas só passou uma semana detido.
Agora, o delegado Allan Duarte destaca que a prisão pode
chegar a 27 anos.
"O tráfico de drogas tem uma pena que varia de 5 a 15
anos. E a corrupção ativa uma pena que varia de 2 a 12 anos. Somados os
patamares máximos das penas, a gente chega a 27 anos de prisão”, explica.
Procurada, a defesa de Michel disse que não teve acesso ao
inquérito e não vai se manifestar.