Os seis presos nesta semana na operação Kariri, da Polícia
Federal, que investiga suposta organização criminosa envolvida com tráfico de
drogas e lavagem de dinheiro, em Feira de Santana (BA), são da mesma família.
Rener Manoel Umbuzeiro, acusado de liderar o grupo, foi morto durante a ação
policial. Ele teria reagido à abordagem dos policiais.
Veja quem são os presos:
Larissa Gabriela Lima Umbuzeiro
Larissa e o marido PauloImagem: Reprodução/Instagram/@dra.larissaulima |
É filha de Rener. Médica, ela foi presa em São Paulo. Nas redes sociais,
Larissa exibe seu dia a dia de trabalho, na área da dermatologia, embora a
consulta no CFM (Conselho Federal de Medicina) mostre que ela não tem
especialidade registrada. Ela também compartilha viagens e fotos ao lado do
marido, que também foi alvo da operação.
Larissa sabia que recursos utilizados para aquisição de
imóveis eram fruto de atividades ilícitas e para a lavagem de dinheiro, segundo
as investigações. A
reportagem tenta localizar a defesa dela. O espaço está aberto para
manifestação.
Paulo Victor Bezerra Lima
Paulo Victor, marido de Larissa e genro de Rener UmbuzeiroImagem: Reprodução/Instagram/@paulovlima |
Genro de Rener, é casado com Larissa. Ele foi preso em Feira
de Santana (BA). Ao jornal Folha de S.Paulo, o advogado dele disse que seu
cliente é uma "pessoa de reconhecida conduta ilibada", que confia na
Justiça e que, no momento oportuno, ficará demonstrada a inocência.
Nas redes sociais, Lima coleciona fotos de viagens,
praticando esportes e ao lado da esposa. Em uma das postagens, ele e Larissa
aparecem junto com Neymar em uma festa. O momento faz parte do documentário
sobre o jogador na Netflix.
Niedja Maria de Lima Souza
Niedja e a filha LarissaImagem: Reprodução/Instagram/@niedja_resende
Esposa de Rener, é mãe de Larissa e de mais dois meninos.
Discreta, Niedja tem perfil fechado nas redes sociais. Segundo as
investigações, assim como Larissa, Niedja tinha conhecimento de que os recursos
utilizados para aquisição de imóveis eram fruto de atividades ilícitas. As
autoridades apontam que ela e a filha se mobilizavam para ocultar o patrimônio
e as transações financeiras da família.
Três parentes de Niedja também foram presos. Segundo a Folha,
são a irmã Clênia Maria Lima Bernardes, a sobrinha Gabriela Raizila Lima de
Souza e a prima Robelia Rezende de Souza. Robelia teve a prisão convertida em
domiciliar após a audiência de custódia. Não há detalhes de qual seria a
participação delas na suposta organização criminosa. Ao jornal, o advogado
responsável pela defesa de Niedja e Robelia, afirmou que não comentaria a
investigação, que está em segredo de Justiça. A reportagem não conseguiu
contato com as defesas de Clênia e Gabriela. O espaço está aberto para
manifestação.
Justiça bloqueou bens avaliados em R$ 50 mi da família
Entre os bens bloqueados, estão seis imóveis de alto padrão e
cinco fazendas, localizados na Bahia e em Pernambuco. A investigação da PF começou em 2019
e resultou em três flagrantes, durante os quais foi apreendida mais de uma
tonelada de maconha. Os investigadores conseguiram identificar o responsável
pela organização e toda a cadeia de lavagem de capitais, afirma a PF.
A família morava em Pernambuco, mas se mudou para Feira de
Santana e ali teria iniciado a atividade criminosa. O dinheiro obtido com o tráfico era
usado para comprar imóveis de alto valor, alguns deles registrados em nome de
parentes que não atuavam diretamente na quadrilha, mas ajudavam a ocultar a
renda proveniente da atividade criminosa. O rastreio do dinheiro pela PF
permitiu concluir que ao menos cinco fazendas pertencentes ao principal alvo da
investigação estão registradas em nome de terceiros.