Erika de Souza Vieira Nunes foi presa na última terça-feira após levar o tio até uma agência bancária para sacar um empréstimo de R$ 17 mil. A família apresentou relatórios que apontam quadro de depressão, alucinações auditivas e dependência de sedativos.
A família de Erika de Souza Vieira Nunes, que na semana
passada estava com o cadáver do tio em uma agência bancária, disse em
entrevista ao Fantástico que a mulher tem problemas psiquiátricos.
Erika foi presa na última terça-feira (16) após levar o corpo
tio, Paulo Roberto Braga em uma cadeira de rodas até atendentes de um banco em
Bangu, no Rio de Janeiro, para sacar um empréstimo de R$ 17 mil. As imagens
gravadas dentro da agência bancária chocaram o Brasil.
A família apresentou relatórios médicos solicitados por
psiquiatras que a atenderam pelo plano. O laudo de 2022 diz que ela é
dependente de sedativos, tem quadro de depressão, pensamentos suicidas e
alucinações auditivas.
— Max Ribeiro (@max_ribe_29) April 23, 2024
No ano passado, outro psiquiatra também pediu a internação
por dependência de sedativos e hipnóticos. Segundo Lucas Nunes dos Santos, um
dos filhos de Erika, a mulher tentou suicídio muitas vezes.
"Ela vem passando por momentos difíceis, vem passando
por transtornos. Tem acompanhamento psicológico e psiquiátrico."
Paulo foi enterrado no sábado (20), em um cemitério de Campo
Grande, bairro vizinho a Bangu, quatro dias depois de morrer. Apenas parentes
de Erika compareceram ao enterro.
A defesa afirma que Erika está sendo punida antes de ser condenada: "O caso mal começou e já está tendo uma punição anterior a uma sentença", diz Ana Carla de Souza Correa.
"A defesa técnica entende depois de uma conversas com a
senhora Erika de que realmente ela não aceitou [a morte]. É a questão da
negação de que ele poderia estar desfalecido, morto, até porque ela conversa
com ele."
Já Fábio Souza, o delegado do caso, acredita que a mulher
sabia que o tio estava morto enquanto tentava sacar o empréstimo.
"Uma pessoa com problema psiquiátrico pode não entender
que o tio está morto, mas certamente também não entenderia que tem que ir à
agência pegar o dinheiro. A pessoa não pode ter uma consciência seletiva",
disse.
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