Mandante do crime está preso no Rio de Janeiro, segundo a
polícia. Operação deflagrada nesta terça-feira prendeu seis pessoas suspeitas
de envolvimento no crime.
João Vitor Menez Soares, de 22 anos, e a filha Zayra, de 2 anos — Foto: Reprodução
A morte de João Vitor Menez Soares, de 22 anos, e a filha
dele, de 2 anos, no começo de fevereiro, em Barra do Garças, a 519 km de
Cuiabá foi motivada depois que o pai saiu de uma facção para criar
própria organização criminosa em Mato Grosso, segundo a Polícia Civil. A
mãe da criança também foi baleada e sobreviveu.
Nesta terça-feira (2), a Polícia Civil prendeu seis
suspeitos de envolvimento na morte das vítimas durante a Operação
Zayra. Outros dois estão foragidos. Ao todo, foram cumpridos 18 ordens
judiciais entre mandados de prisão e busca e apreensão nas cidades de
Aragarças (GO), Goiânia (GO), Aparecida de Goiânia e no Rio de Janeiro (RJ),
mais especificamente no bairro Complexo da Maré.
De acordo com o delegado Welber Batista Franco, um
preso no Rio de Janeiro foi o mandante do crime. João Vitor desertou uma
organização criminosa e estava criando o próprio esquema de crime organizado em
Barra do Garças.
Durante as investigações, as equipes encontraram provas da
participação de alguns dos envolvidos, como a localização do veículo usado para
a fuga do local do crime.
Ainda de acordo com o delegado, após a criança ser atingida,
os criminosos tiraram ela do quarto do casal e colocaram na sala. Depois, eles
retornaram e finalizaram a execução de João Vitor.
Relembre o caso
Delegado Welber Batista Franco fala sobre o caso — Foto: Reprodução
João Vitor Menez Soares, de 22 anos, e sua filha de 2 anos
foram mortos a tiros depois que dois homens invadiram sua casa e dispararam
vários tiros contra a família em Barra do Garças, no Mato Grosso, no dia 9 de
fevereiro.
Segundo a Polícia Militar, a mulher contou que os três
estavam em casa quando foram surpreendidos pelos suspeitos. Após o crime,
a dupla fugiu do local.
João Vitor foi encontrado morto quando os policiais chegaram.
A criança foi levada pela mãe, com a ajuda de uma vizinha, até uma Unidade de
Pronto Atendimento (UPA), mas já estava morta quando chegou, segundo a
polícia.
A polícia informou que João Vitor tinha antecedentes
criminais e era foragido da Justiça. Segundo relatos da companheira, a
família havia se mudado de Goiânia (GO) para Barra do Garças cerca de seis
meses atrás.
Na cena do crime, foram encontrados três celulares sujos de
sangue e duas porções de maconha.