Adolescente afirmou no áudio que não tinha coragem de
denunciar o suspeito. Suspeito tem 56 anos e está preso.
Gilson Cruz de Oliveira Monteiro e a adolescente Maria Vitória dos Santos. Gilson é o único suspeito de matar Vitória, de 15 anos, em Monteiro, PB. — Foto: Reprodução/TV Cabo Branco |
A adolescente de 15 anos assassinada a tiros em Monteiro
relatou em mensagem de áudio que o namorado, Gilson Cruz, de 56 anos, era
violento e já tinha feito ameaças com uma arma de fogo (ouça abaixo).
O caso, registrado no final da tarde de domingo (14), é tratado como
feminicídio. Gilson é o principal suspeito do crime e foi preso.
“Ele já tentou fazer muita coisa comigo, né? Tipo, já jogou a
pistola na minha cara, estourou a minha cabeça, aí tive que dar ponto na UPA,
um monte de coisa. Só que eu nunca tive coragem de denunciar ele. Assim, né,
coragem de fazer mal a ele e para os meus pais, entende?”, afirmou a
adolescente Maria Vitória dos Santos no áudio.
De acordo com testemunhas, Maria Vitória e Gilson estariam
bebendo na casa dele quando uma discussão foi iniciada. Foi nesse momento que o
homem teria feito os disparos que matou a adolescente.
"Ele atirou mais de uma vez, ele se certificou de fato
acertá-la e acertou de uma maneira que não tinha como ela sobreviver",
disse o delegado Sávio Siqueira.
— Max Ribeiro (@max_ribe_29) July 16, 2024
A prisão do suspeito em Pernambuco
De acordo com o delegado Sávio Siqueira, através do
monitoramento de câmeras de trânsito, a Polícia Civil conseguiu localizar, por
meio da placa do carro, que o suspeito estava em Caruaru. Foi solicitado o
apoio da Polícia Militar de Pernambuco, que conseguiu prender o suspeito por
volta das 17h, quando ele já estava em Brejo da Madre de Deus.
Conforme o delegado Sávio Siqueira, conhecidos relatam um
relacionamento com constantes agressões de Gilson contra a vítima. Apesar
disso, não existe registro policial dessas agressões na Delegacia de Polícia
Civil de Monteiro.
O suspeito, no entanto, já foi condenado por lesão corporal
dolosa em decorrência de violência doméstica contra a própria filha.
Conforme informações da delegacia de Monteiro, Maria Vitória
conheceu Gilson quando começou a trabalhar na padaria dele há quase dois anos.
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