A PM da Bahia pediu a prisão dos soldados por 30 dias | Reprodução/Redes Sociais |
A Polícia Militar da Bahia (PM-BA) fez o pedido de prisão dos
soldados Clézio Santana Lins e Flora Thais Machado do Nascimento, que também
são influenciadores digitais, por 30 dias. Os agentes foram condenados de
maneira separada por condutas consideradas "inadequadas" nas redes
sociais.
Clézio Santana é da 59ª Companhia Independente (CIPM/Vila de
Abrantes), enquanto Flora Thais é do Batalhão de Polícia Rodoviária. A
determinação do pedido de prisão teria sido formalizada pelo comandante-geral
da PM-BA, Paulo Coutinho.
O soldado Clézio Santana, que acumula mais de 40 mil
seguidores no Instagram, enfrentou um Processo Administrativo Disciplinar após
expor a PM da Bahia no podcast “Só Vem”.
Na entrevista em questão, o agente da PM contou de forma
detalhada uma abordagem policial em que um dos policiais teria supostamente
furtado a calcinha de uma mulher, o caso veio à tona em outubro de 2023, na
época, a atitude resultou no afastamento de Clézio Santana das atividades
policiais.
Os oficiais responsáveis pela investigação concluíram que as
declarações de Clézio expôs de forma negativa a corporação da PM-BA em
território nacional, afetando atributos considerados cruciais para a
credibilidade da instituição no policiamento. De acordo com o relatório, Clézio
violou as normas que regulam o uso das redes sociais por policiais militares no
estado.
A outra agente em questão, Flora Thais Machado do Nascimento,
foi alvo de um Processo Disciplinar Sumário por divulgar “publis” de produtos
diversos, inclusive enquanto estava fardada, entre abril e junho de 2023. A
Polícia Militar considera os posts uma associação inadequada da imagem
institucional da PM.
Os oficiais que assinaram o relatório do Processo
Administrativo afirmaram que o uso da imagem institucional em atividades
comerciais nas redes sociais não está alinhado com os padrões éticos e de
comportamento esperados para os membros da Polícia Militar da Bahia.