Governo tomou a decisão diante do cenário de agravamento da
estiagem no país e redução no nível dos reservatórios. Com isso a tarifa
aumenta R$ 7,88 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgou nesta
sexta-feira (30) a bandeira tarifária vermelha para o mês de setembro. Isso
significa que haverá cobrança adicional na conta de luz, deixando o preço da
energia elétrica mais caro para famílias e empresas.
Com a bandeira vermelha, a tarifa aumenta R$ 7,88 a cada 100
quilowatt-hora (kWh). O consumo médio em uma casa brasileira na zona urbana é
de aproximadamente 150 kWh a 200 kWh (sem ar-condicionado).
O acionamento das bandeiras amarela ou vermelha patamar 1 e 2
pela Aneel aponta para um cenário de geração de energia mais cara.
Com a seca na região Norte do país, usinas hidrelétricas
importantes estão gerando menos energia. Nos horários de pico de consumo e
baixa geração de energia renovável, no início da noite, é necessário acionar
usinas termelétricas – que são mais caras.
A última vez que o governo acionou a bandeira vermelha foi em
agosto de 2021 -- na crise hídrica.
Depois, em setembro do mesmo ano, a Aneel criou a bandeira
"escassez hídrica" --a mais cara de todas -- para atender ao sistema
elétrico nacional em situação severa de seca, que afetou a geração de energia
pelas hidrelétricas.
A bandeira "escassez hídrica" ficou em vigor até
abril de 2022, quando a Aneel acionou a bandeira verde --sem cobrança adicional
na conta de luz.
Bandeira vermelha atualizada
Em março, a Aneel aprovou redução de até 37% nos valores das
bandeiras tarifárias. Com o ajuste, os preços ficaram assim:
🟩bandeira verde (condições favoráveis de geração de energia) – sem custo
extra;
🟨bandeira amarela (condições menos favoráveis) – redução de 37% em relação
ao valor anterior. A tarifa será de R$ 18,85 por MWh (megawatt-hora) utilizado;
ou R$ 1,88 a cada 100kWh.
🟥bandeira vermelha patamar 1 (condições desfavoráveis) – redução de 31% em
relação ao valor anterior. A tarifa será de R$ 44,63 por MWh utilizado; ou R$
4,46 a cada 100 kWh.
🟥bandeira vermelha patamar 2 (condições muito desfavoráveis) – redução de
20% em relação ao valor anterior. A tarifa será de R$ 78,77 por MWh utilizado;
ou R$ 7,87 a cada kWh.
Na época, a Aneel justificou que as condições dos
reservatórios permitiam essa adequação nos preços das bandeiras.