ATR 72-600, com 38 passageiros, apresentou problemas após
decolar de Rio Verde (GO)
Um avião da Voepass (ATR 72-600), com 38 passageiros, fez um
pouso de emergêcia em Uberlândia, Minas Gerais, após problemas técnicos, nesta
quinta-feira (15). A aeronave saiu de Rio Verde, em Goiás, e tinha como destino
Guarulhos, em São Paulo.
A Voepass informou apenas “problema técnico”, quando
questionada sobre o motivo do desvio da rota.
Segundo apuração da CNN, o problema foi um transiente
(variação elétrica que logo volta ao normal). Por precaução, o piloto fez a
parada.
Segundo a Voepass, os 38 passageiros foram reacomodados para
seguir o destino. O Aeroporto de Uberlândia informou que acionou o Plano de
Emergência para o ocorrido, às 19h14 desta quinta.
Imagens do Flightradar24 mostram que a aeronave fez circulos
próximos a Campina Verde (MG), antes de desviar o percurso para Uberlândia.
Abaixo, modelo do ATR prefixo PS-VPA.
Avião da Voepass faz pouso em Uberlândia (MG) por problema técnico. Modelo ATR prefixo PS-VPA / Voepass
Nota da Voepass
A VOEPASS Linhas Aéreas informa que a aeronave do voo PTB
2211, prefixo PS-VPA, um ATR 72-600, procedente de Rio Verde (GO) com destino à
Guarulhos(SP), fez um pouso técnico por volta das 19h15 de hoje em Uberlândia
(MG), após identificação de uma questão técnica. A aeronave pousou com todos os
sistemas operacionais em funcionamento. A empresa informa que os 38 passageiros
serão reacomodados para seguirem até o destino.
Nota do aeroporto
O voo da VoePass PTB-2211 declarou emergência às 18h54 e
pousou no Aeroporto de Uberlândia às 19h14. O aeroporto destinou todos os
recursos do Plano de Emergência para atender a operação, mas não houve
necessidade de ativação e todos os passageiros desembarcaram com segurança, sem
necessidade de atendimentos médicos. Não houve impacto às operações do
aeródromo. Informações sobre o motivo da declaração de emergência, a acomodação
dos passageiros ou outros assuntos relacionados ao voo e à aeronave podem ser
obtidas com a companhia aérea.
Acidente
Na última sexta-feira, uma aeronave da Voepass caiu em
Vinhedo, no interior de São Paulo. O acidente deixou 62 mortos. A aeronave saiu
de Cascavel, no Paraná, e tinha como destino Guarulhos.
O Superintendente da Polícia Técnico Científica do Estado de
São Paulo afirmou, em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (15), que
a posição em que os corpos das vítimas foram encontrados demonstra que os
passageiros devem ter sido alertados pela cabine de comando sobre uma iminente
queda.
De acordo com Claudinei Salomão, essa possibilidade – que só
deve ser confirmada pelo laudo preliminar que será emitido pelo Cenipa – surge
pelo fato de que grande parte dos corpos foi encontrada abraçando as pernas,
com a cabeça baixa.
Essa posição é chamada de “brace”, quando passageiros colocam
a cabeça entre os joelhos e abraçam as pernas a fim de diminuir os impactos de
uma possível “aterragem” forçada.
“Essa posição em que grande parte dos corpos foram
encontrados favoreceu muito o trabalho pericial, pois as mãos estavam íntegras.
Isso oportunizou que a identificação papiloscópica fosse feita, reconhecendo as
vítimas através das digitais” disse Salomão. A identificação dos passageiros e
tripulantes foi concluída nesta quarta-feira (14).
A tendência é que a cabine de comando da aeronave, por meio
do copiloto Humberto de Campos Alencar e Silva e do piloto, Danilo Santos
Romano, tenha alertado os passageiros sobre a tendência da aeronave cair.
Além disso, a Polícia Científica do Estado de São Paulo
garante que é muito provável que nenhuma das 62 vítimas tenha enfrentado
qualquer tipo de sofrimento.
“Uma queda de quatro mil metros em menos de dois minutos faz
com que o corpo humano sofra movimentações tão sérias que levam ao desmaio. A
morte de todos ocorreu na batida, através dos inúmeros traumas sofridos, mas a
tendência é que todos já estivessem desmaiados” afirmou o superintendente.