Caso aconteceu em Atibaia, no interior de São Paulo. A vítima estava voltando da academia, quando foi assediada.
Foto: Reprodução/TV Vanguarda |
A Polícia Civil investiga um motociclista de 53 anos suspeito
de crime de importunação sex*al contra uma mulher em Atibaia, no interior
de São Paulo. Uma câmera de segurança filmou o momento em que o homem de moto
se aproxima da vítima, que caminhava na rua, passa a mão e vai embora.
O caso ocorreu no dia 22 de agosto. A vítima é Mikhaela
Beatriz, de 28 anos. Ela relata que estava voltando a pé da academia, por volta
das 8h, no bairro Nova Atibaia, quando foi surpreendida pelo motociclista, que
a assediou.
"A única coisa que consegui fazer foi gritar com ele,
não acreditei na situação e o mesmo deu risada da minha cara e foi embora rindo
de mim", lembra Mikhaela.
Após o ocorrido, ela registrou um boletim de ocorrência de
importunação sex*al e compartilhou as imagens nas redes sociais.
"A sensação é de que a gente é um lixo, um objeto que tá
no meio da rua e qualquer pessoa pode passar e fazer o que quiser com a gente
como se não fôssemos nada", lamentou a vítima.
Com a ajuda das imagens, a polícia identificou em nome de
quem a moto está registrada. Esse homem foi encontrado e comprovou que tinha
vendido a moto para outra pessoa.
“Ele compareceu aqui na delegacia e mencionou que já havia
vendido, inclusive já tinha comunicação de venda pra um terceiro, que é o Valdeir
José da Silva. Aí o Valdeir passou a ser investigado. Como principal suspeito,
ele foi intimado a comparecer na delegacia. Ele compareceu, foi interrogado e o
Valdeir confessou a prática do crime. Ele menciona que de fato praticou esse
ato contra a vítima, só que ele se diz arrependido, disse que não sabia o
porquê de ter feito isso”, explica o delegado Hermes Jun Nakashima.
O motociclista Valdeir José da Silva, de 53 anos, se
apresentou na delegacia de Atibaia acompanhado por uma advogada nesta quinta-feira
(29). Ele prestou depoimento e foi indiciado pelo crime de importunação sex*al.
Porém, vai responder, a princípio, em liberdade.
“De acordo com o processo de código penal, a prisão em
flagrante dele é inviável, né? Não estamos falando em nenhuma hipótese de ser
possível a prisão em flagrante, mas vamos analisar representação de prisão
preventiva”, afirmou o delegado.
Mikhaela espera não passar mais por isso e que a atitude que
teve de denunciar o caso e expor a situação ajude outras mulheres vítimas de
assédio e violência.
"Muitas mulheres entraram em contato comigo para dizer
que já sofreram uma situação parecida e não denunciaram por medo, vergonha ou
insegurança. Na realidade, nós não temos que ter vergonha dessa situação, são
eles que têm que ter vergonha desse ato”, afirmou Mikhaela.
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