Quem são as duas crianças que morreram trancadas em casa em incêndio no Piauí

O incêndio aconteceu na casa onde moravam Sofia, Samuel e a mãe deles, Luzinete Ricardo da Silva. Na noite de sábado (3), a mãe deixou os dois trancados para ir até a casa do avô das crianças, na mesma vizinhança. Polícia Civil investiga como começou o incêndio.

 

Duas crianças morrem trancadas em incêndio na casa onde moravam, no Centro-Norte do Piauí — Foto: Reprodução

Os dois irmãos que morreram em um incêndio na noite de sábado (3), Samuel, de 5 anos, e Sofia, de 7, moravam com a mãe, Luzinete Ricardo da Silva, no Povoado Gogó da Ema, zona rural de Água Branca, 97 km ao Sul de Teresina. Luzinete trabalha como empregada doméstica em casas da região.

Os irmãos estudavam na Creche Municipal Pequeno Príncipe. A Prefeitura de Água Branca divulgou uma nota de pesar pelo falecimento deles.

Conforme os vizinhos, a mãe havia saído de casa para fazer o jantar do seu pai, avô das crianças, que tem a saúde debilitada e mora em outra casa da mesma vizinhança, e deixou os filhos trancados em casa. Nesse meio tempo, o incêndio começou e tirou a vida das duas crianças.

Sofia, Samuel e a mãe deles moravam na casa havia cerca de 9 meses. A residência, que tinha apenas um cômodo e somente uma pequena janela nos fundos, foi cedida por um vizinho para a família por conta da sua situação de vulnerabilidade.

Segundo vizinhos, a tragédia teria acontecido menos de uma hora depois da saída da mãe. Com relação à causa do incêndio, há a suspeita de vazamento de gás, mas o lugar ainda vai passar por análises de peritos, que devem descobrir como o fogo começou (Veja abaixo como ficou a casa após o incêndio).

Muito abalada e em estado de choque, a mãe foi socorrida e encaminhada para o Hospital Municipal Senador Dirceu Mendes Arcoverde, na zona urbana de Água Branca.

De acordo com os delegados Bruno Costa e Ravena Rodrigues, da Polícia Civil do Piauí (PCPI), uma perícia será feita para identificar a causa do incêndio e a dinâmica dos fatos. Além disso, foram requisitados exames para determinar a causa morte das crianças e de DNA para confirmar as identidades.

Incêndio em casa

O incêndio que matou as duas crianças na zona rural de Água Branca começou por volta das 20h do sábado (3). Os irmãos gritaram por socorro e foram ouvidos pelos vizinhos, mas eles não conseguiram salvá-los.

Rosa Rodrigues e Francisco Sousa, vizinhos da família, foram os primeiros a ouvirem os choros e pedidos de socorro das crianças. Eles tentaram ajudar Sofia e Samuel, mas ao chegarem, encontraram a casa em chamas e o portão trancado.

"A gente não tinha meio de arrebentar o portão. É de ferro, tinha uma corrente e um cadeado. A gente só ouvia os gritos deles lá dentro, 'me ajuda, me ajuda', e nós dizendo 'meus filhos se acalmem, que nós vamos encontrar um jeito'", contou Rosa Rodrigues, que mora a 50 metros da casa que pegou fogo.

Um caminhão-pipa da prefeitura foi usado para combater o incêndio, que já tinha se alastrado por toda a casa. O Corpo de Bombeiros informou que não foi acionado.

Após o incêndio ter sido controlado, uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), solicitada pela Polícia Militar, adentrou o local e encontrou os corpos das crianças carbonizados.

Os corpos foram encaminhados para o Instituto de Medicina Legal (IML) de Teresina, onde devem passar por exames cadavéricos e de DNA para confirmar as identidades antes de serem liberados para o sepultamento. Ainda não há informação de prazo para a liberação.






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