Segundo a Polícia Civil, além de Rayane Alves Porto e
Rithiele Alves Porto, outras duas pessoas foram sequestradas e ficaram feridas.
As irmãs eram proprietárias de um circo.
Duas irmãs foram mortas a facadas e outras duas pessoas
ficaram feridas após terem sido sequestrados e torturados por um grupo de nove
pessoas, enquanto saiam de um festival de pesca, em Porto Esperidião, a 358 km
de Cuiabá, neste sábado (14). De acordo com a Polícia Civil, as vítimas foram
identificadas como Rayane Alves Porto, de 28 anos, e Rithiele Alves Porto, de
25 anos.
As irmãs eram proprietárias de um circo e Rayane era
candidata a vereadora no município. Em nota, o candidato à Prefeitura de Porto
Esperidião, Herculis Albertini (PSD), lamentou a morte das irmãs.
“É com imensa tristeza e profundo pesar que comunicamos o
falecimento de nossa querida amiga e candidata a vereadora Rayane, e sua irmã
Ritiely. Essa perda trágica deixa uma dor incalculável em todos nós”, diz
trecho da nota.
Ainda neste sábado, 10 pessoas foram presas suspeitas de
envolvimento no duplo homicídio.
Conforme o boletim de ocorrência, um dos sobreviventes
conseguiu fugir e foi até a polícia pedir socorro. Aos policiais, ele contou
que foi sequestrado com outras três pessoas e arrastado até na Rua Marechal
Cândido, na região do centro da cidade, onde foi mantido em cativeiro com as
demais vítimas.
Localização das vítimas
No local, a polícia encontrou um jovem gravemente ferido, com
um dos dedos e a orelha cortados. Ele também apresentava ferimentos de facada
na região da nuca.
Em outros cômodos da casa, foram encontrados dedos e cabelos
de uma das irmãs. Já no último quarto à direita, estavam os corpos de Rayane e
Rithiele, que apresentavam sinais de tortura por arma branca e tiveram os
cabelos cortados, segundo a Polícia Militar.
Durante o depoimento na delegacia, a vítima relatou que só
conseguiu fugir do cativeiro após pular o muro. Ele contou que sofreu uma
sessão de torturas, tanto psicológicas quanto físicas, pelos agressores, que se
identificaram como membros de uma facção criminosa.
Motivação
A motivação do crime, segundo a testemunha, foi porque as
vítimas teriam tirado uma foto no Rio Jauru, simbolizando um número associado a
uma facção rival. Durante as agressões, os suspeitos exigiram dinheiro das
vítimas para não matá-los.
Até o momento, ninguém foi preso. A Polícia Civil investiga o
caso para localizar os suspeitos envolvidos no crime, que devem responder por
homicídio doloso, tortura mediante sequestro e lesão corporal.