Valor final do salário mínimo para 2025 só será definido no
fim deste ano, mas projeções indicam que piso ficará acima de R$ 1,5 mil
Uma projeção recentemente atualizada apontou que o salário
mínimo pode chegar a R$ 1.521 em 2025, seguindo a nova fórmula estabelecida
pela política permanente de valorização do mínimo do governo de Luiz Inácio
Lula da Silva (PT). Se confirmado, o valor será 7,7% maior que o de 2024, de R$
1.412 (um acréscimo de R$ 109 ao mês para o trabalhador).
Segundo esse cálculo, que usa as últimas projeções da
inflação para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), referência para
o reajuste do piso salarial e de benefícios sociais, e para o crescimento do
Produto Interno Bruto (PIB).
As estimativas utilizadas para o cálculo foram divulgadas, na
última segunda-feira (18/11), pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do
Ministério da Fazenda.
Porém, a estimativa oficial do governo é um pouco inferior.
No Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025, que estima receitas e
despesas do governo federal para o ano seguinte, o valor do mínimo projetado é
de R$ 1.509. O texto foi encaminhado ao Congresso Nacional em agosto e aguarda
aprovação dos parlamentares. É necessário que ele seja votado antes do fim do
corrente ano.
Esse valor apresentado na peça orçamentária representa um
aumento de 6,87% em relação ao piso deste ano (um acréscimo de R$ 97 ao mês).
Vale destacar que os valores projetados para o próximo ano
ainda são estimativas e podem mudar. Isso porque o piso salarial oficial apenas
será conhecido em 10 de dezembro, quando serão divulgados os dados da inflação
e do INPC referentes a novembro.
Valorização do salário mínimo
Em 2023, o governo Lula (PT) instituiu a nova política de
reajuste do mínimo, que se baseia em um índice que combina a inflação do ano
anterior e a variação positiva do PIB — a soma de toda a riqueza produzida no
país — de dois anos anteriores, a partir de 1º de janeiro.
A política não altera apenas os vencimentos de trabalhadores
celetistas que recebem o piso nacional, mas também implica no reajuste de
diversos benefícios, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e os pagamentos
do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), dos quais é exemplo o
seguro-desemprego.
Para o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo necessário para cobrir as despesas
básicas (alimentação, moradia, saúde, educação, higiene, transporte, vestuário,
previdência e lazer) de uma família de quatro pessoas é superior ao valor
nominal do salário mínimo, mesmo com a política de valorização.
Em outubro de 2024, o Dieese calculou que o salário mínimo necessário
seria de R$ 6.769,87, mais de R$ 5,3 mil superior ao valor atualmente vigente.
Fonte: Metrópoles
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