De acordo com o Corpo de Bombeiros, a colisão ocorreu às 3h30 em Teófilo Otoni e envolveu um ônibus, uma carreta e um carro. O ônibus saiu de São Paulo na sexta (20) e tinha como destino Vitória da Conquista (BA).
Um acidente envolvendo três veículos deixou 38 mortos na
madrugada deste sábado (21), na altura do KM 285 da BR-116, em Lajinha,
distrito de Teófilo Otoni. De acordo com o Corpo de Bombeiros, a colisão
ocorreu às 3h30 e envolveu um ônibus, um carro e uma carreta que transportava
uma pedra de granito.
Vídeos gravados por pessoas que passaram pela rodovia
momentos após o acidente mostram os veículos em chamas.
De acordo com a prefeitura, treze feridos foram levados para
dois hospitais e a uma upa de Teófilo Otoni. As três pessoas que estavam no
carro ficaram gravemente feridas.
— Max Ribeiro (@max_ribe_29) December 21, 2024
Inicialmente, segundo informações repassadas ao Corpo de
Bombeiros, o pneu do ônibus havia estourado e o motorista perdeu o controle da
direção, batendo contra uma carreta. Um carro que vinha atrás também colidiu
com o ônibus. Com a colisão, o ônibus pegou fogo.
Já de acordo com a Polícia Rodoviária Federal, informações
preliminares e vestígios no local demonstram que possivelmente um grande bloco
de granito de soltou da carroceria da carreta e atingiu o ônibus que seguia na
rodovia, em sentido contrário. Logo após o impacto da pedra com o ônibus
ocorreu um grande incêndio. A polícia ainda investiga as circunstâncias do
acidente.
O ônibus da empresa EMTRAM saiu de São Paulo na
sexta-feira (20), por volta das 7h do terminal rodoviário Tietê, e tinha como
destino Vitória da Conquista (BA), um trajeto de aproximadamente 1,5 mil km.
Em nota enviada à imprensa, a empresa lamentou o acidente,
disse que colaborando na investigação da causa do acidente e que "está
empenhando máximo esforço para auxiliar as pessoas envolvidas e seus
familiares, oferecendo e providenciando todo o apoio necessário, inclusive
acompanhamento psicológico".
Ônibus pegou fogo após colidir contra carreta — Foto: Corpo de Bombeiros
O agente da Polícia Rodoviária Federal, Fabiano Santana
classificou o acidente como "uma tragédia sem precedentes para a
região" e informou que a maior parte das mortes foi causada pelo incêndio
do ônibus. "Foram vítimas resgatas para o hospital, pessoas que se
queimaram tentando resgatar vítimas, crianças pedindo para resgatar os
pais", relatou Santana.
Ainda segundo a PRF, a pista ficou totalmente interditada por
aproximadamente 6 horas. O trânsito foi liberado no fim da manhã e segue em
esquema de 'pare e siga'.
Nas redes sociais, o governador Romeu Zema lamentou o
acidente. "Toda minha solidariedade aos familiares e amigos. Estamos
trabalhando para que as famílias das vítimas sejam acolhidas para enfrentar de
forma mais humanizada possível essa tragédia às vésperas do Natal, uma data tão
significativa para todos", disse.
O governo de São Paulo ofereceu agentes da Superintendência
da Polícia Técnico-Científica (SPTC) e do Instituto de Identificação Ricardo
Gumbleton Daunt (IIRGD) para ajudar na identificação dos mortos.
Trecho teve radares removidos
De acordo com apuração do repórter Jerry Santos, da Inter TV,
exatamente no trecho da rodovia onde ocorreu o acidente havia um radar que
limitava a velocidade dos veículos a 60 km/h. Este e outros radares foram removidos
recentemente desta parte da BR-116 por estarem com a documentação vencida.
Nos últimos dias, ao menos três acidentes com vítimas fatais
aconteceram em frente a locais onde os radares existiam, mas foram retirados.
De acordo com o DNIT, novos radares serão colocados nos mesmos locais em 2025,
com uma nova empresa responsável pela instalação.
Ônibus pegou fogo após colidir contra carreta — Foto: Corpo de Bombeiros MG/Divulgação
Pertences dos passageiros ficaram espalhados pela pista — Foto: Corpo de Bombeiros |