Lyedja Yasmin portava um revólver, livros sobre serial
killers e três facas. Aluna foi mobilizada por colega de classe depois de
disparo
Uma estudante de 19 anos at*rou contra um colega dentro de
uma escola pública em Natal (RN), na manhã de terça-feira (17/12). Identificada
como Lyedja Yasmin Silva Santos, a jovem deixou uma carta de despedida,
afirmando que “agiu sozinha e adquiriu tudo por conta própria”. Junto dela a
polícia encontrou um revólver calibre .38, livros sobre serial killers e três
facas.
Veja o bilhete deixado por Lyedja Yasmin:
Na mensagem deixada na carta, a jovem escreveu que buscava
“encontrar a paz” após realizar o atentado, sugerindo que pretendia tirar a
própria vida após executar o plano. O caso aconteceu na Escola E. Berilo
Wanderley, que suspendeu todas as atividades até quinta-feira (19/12).
Durante o ataque, Lyedja tentou disparar todas as munições,
mas apenas um tiro foi efetuado. Um aluno de 18 anos foi atingindo de raspão na
cabeça. Ela também tentou atirar contra uma professora, mas a arma falhou. As
investigações da Polícia Civil apontam que Lyedja planejava atingir alvos
escolhidos, mas os disparos acabaram sendo aleatórios.
Lyedja Yasmin foi imobilizada por um terceiro estudante.
A jovem será autuada por tentativa de homicídio qualificado.
De acordo com a Polícia Civil do Rio Grande do Norte, a jovem deve passar por
audiência de custódia na tarde desta quarta-feira (18/12). Em depoimento, ela
permaneceu em silêncio, acompanhada de advogados.
O adolescente ferido foi encaminhado o Hospital Walfredo
Gurgel, na zona leste de Natal, onde passa por atendimento. O Metrópoles entrou
em contato com a Secretaria de Saúde Pública do RN (Sesap) em busca de
atualizações sobre o estado de saúde do jovem, mas a Secretaria afirmou não ter
autorização para divulgar a informação.
A Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e do Lazer
(SEEC) do Rio Grande do Norte lamentou o caso e afirmou estar contribuindo com
todas as informações necessárias para auxiliar as investigações em curso. A
SEEC ainda disse que presta apoio à escola e se solidarizou com a família do
jovem atingido.
O caso segue sob investigação e a motivação do crime ainda é
apurada pelas autoridades.