O Corpo de Bombeiros foi acionado para retirar o animal. De
acordo com o Corpo de Bombeiros, nesses casos, a recomendação é que a população
não tente resgatar o animal e acione a emergência pelo 193.
Cobra sobre bico de filtro de barro em uma residência de Goiânia — Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros
Uma família do Setor Santo Hilário Expansão, em Goiânia,
tomou um baita susto ao se deparar com uma cobra sobre o bico de um filtro de
barro na cozinha. O Corpo de Bombeiros foi acionado para retirar o animal que
rastejou do filtro para um escorredor de copos (veja na imagem
acima).
De acordo com o relato dos bombeiros, o animal foi
identificado como uma possível "falsa coral". A família foi então
orientada a não mexer no animal e aguardar a chegada de uma viatura no local.
O Corpo de Bombeiros realizou o resgate do animal, que foi
retirado da residência e solto em uma região de mata. Apesar do susto, ninguém
foi picado pela cobra.
Cobra rasteja sobre filtro de barro e escorredor de copos em residência de Goiânia — Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros
Perigos e precauções
De acordo com o biólogo Edson Abrão, analisando as imagens é
possível dizer que o animal realmente se trata de uma serpente "falsa
coral", que engloba vários animais similares, não sendo possível
distinguir a espécie em si.
"A coral verdadeira não passa de 40 a 38 centímetros,
enquanto essa [serpente da imagem] aparenta ter mais de 40 centímetros",
declara.
O biólogo também destaca que a coral verdadeira tem o veneno
mais poderoso da América do Sul, enquanto a falsa costuma não ser venenosa e se
alimenta de animais menores.
Sobre como estes animais vão para dentro das residências,
Edson destaca a urbanização, e diz que estes animais têm saído cada vez mais de
seus habitats naturais em busca de abrigo e alimento, como pequenos roedores.
Por fim, a dica do especialista é, caso encontre um animal
deste tipo, não manuseie de forma alguma, independente de ser ou não venenoso,
nem tente machucá-los, mas entre em contato com o Corpo de Bombeiros através do
193, ou com o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas). Além disso,
também é recomendável lavar o local em que o animal esteve e, caso seja picado,
tirar uma foto do bicho para que o soro correto seja usado para tratar o
ferimento.
Falsa Coral (Oxyrhopus guibei) predando uma lagartixa doméstica (Hemidactylus mabouia) — Foto: Acervo Pessoal/Izaac Roque