No Brasil, o câncer de fígado é o sexto tipo de câncer mais
letal, segundo o INCA. Dados de 2023 estimam cerca de 10 mil novos casos
anuais, com uma taxa de mortalidade elevada devido à detecção tardia da doença
Conheça sintomas de câncer de fígado que são ignorados | Reprodução
O médico Marcos Pontes, destacou um problema
de saúde pública que frequentemente passa despercebido: a esteatose
hepática. Popularmente conhecida como gordura no fígado, essa condição pode
evoluir para doenças graves como cirrose e câncer de fígado, muitas vezes sem
apresentar sintomas nos estágios iniciais.
No Brasil, o câncer de fígado é o sexto tipo de
câncer mais letal, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer
(INCA). Dados de 2023 estimam cerca de 10 mil novos casos anuais, com uma taxa
de mortalidade elevada devido à detecção tardia da doença. O principal fator de
risco está relacionado a doenças hepáticas crônicas, como a esteatose hepática,
que afeta aproximadamente 20% da população brasileira, segundo a Sociedade
Brasileira de Hepatologia.
Riscos da gordura no fígado
A esteatose hepática ocorre quando o fígado acumula excesso
de gordura, geralmente associado a fatores como obesidade, diabetes tipo 2,
colesterol alto e consumo excessivo de álcool. Se não tratada, pode evoluir
para inflamação crônica, formação de cicatrizes (fibrose) e, em casos graves,
câncer de fígado.
Sintomas que não devem ser ignorados
Os sintomas de câncer de fígado, por vezes, podem parecer
inofensivos ou relacionados a outras condições, mas a atenção a sinais
específicos é crucial para o diagnóstico precoce. Entre eles estão:
Icterícia: coloração amarelada nos olhos e na pele.
Urina escura ou fezes claras: mudanças na coloração podem
indicar problemas hepáticos.
Coceira na pele: causada pelo acúmulo de bilirrubina no
sangue.
Perda de apetite ou náusea: sintomas comuns, mas que requerem
atenção.
Perda de peso inexplicável: pode ser um sinal de alerta.
Cansaço extremo: associado à falência do fígado em processar
nutrientes.
Caroço no lado direito do abdômen: pode indicar aumento do
fígado ou tumor.
Prevenção e tratamento
A prevenção passa por mudanças no estilo de vida, como manter
uma dieta equilibrada, praticar exercícios físicos regularmente e evitar o
consumo excessivo de álcool. O diagnóstico precoce é essencial e pode ser feito
por meio de exames de imagem, como ultrassonografia, e testes de função
hepática.
Especialistas alertam que pacientes com fatores de risco
devem realizar exames regulares e buscar acompanhamento médico para evitar o
agravamento do quadro.