O sistema, utilizado por famílias de baixa renda para acessar programas como o Bolsa Família, terá acesso mais fácil e segurança
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Foto: André Oliveira/MDS |
O novo Cadastro Único (CadÚnico) vai começar a funcionar a
partir da segunda-feira (17). O sistema é utilizado por famílias de baixa renda
para acessar programas como o Bolsa Família. A plataforma simplificará as
informações e o acesso à população e aos operadores, além de integrar outras
bases de dados do governo federal.
A atualização, que não ocorria desde 2010, vai impactar os
mais de 40 programas sociais federais que utilizam os dados do Cadastro Único
para selecionar seus beneficiários, como o Pé-de-Meia e o BPC (Benefício de
Prestação Continuada), além do Bolsa Família.
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Atualmente, são 71,7 milhões de pessoas em famílias de baixa
renda cadastradas.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social,
Família e Combate à Fome, que coordena a mudança em parceria com a Dataprev, a
nova plataforma trará mais facilidades e segurança.
“Para as famílias, não muda nada. A única diferença é que o
processo de cadastro será mais rápido e seguro”, afirma, em nota, a secretária
de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único, Letícia Bartholo.
Ela explica que o novo sistema utilizará a integração das
bases de dados do governo federal na inclusão de novas famílias e atualização
de informações de pessoas já cadastradas.
“A novidade melhorará a vida do operador, que não terá
que gastar tanto tempo para digitar as informações, e a vida do usuário, que
não precisará gastar mais tempo dizendo ao poder público informações que o
poder público já possui.”
(Letícia Bartholo)
A migração da base de dados começou em 1º de março e vai até
domingo (16), sem interferir no atendimento à população. Os serviços realizados
nos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), Centros Especializados
de Assistência Social (Creas) e demais unidades de assistência social não
precisaram ser suspensos.
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O que é o Cadastro Único
É um registro que permite ao governo saber quem são e como
vivem as famílias de baixa renda no Brasil. Ele foi criado pelo governo
federal, mas é operacionalizado e atualizado pelas prefeituras de forma
gratuita.
Para se inscrever, basta ir pessoalmente a um CRAS (Centro de
Referência de Assistência Social) ou outro posto de atendimento do município. O
cadastro é gratuito.
Quem pode participar
Podem participar do Cadastro Único as famílias que vivem com
renda mensal de até meio salário-mínimo por pessoa.
O que vai mudar
- O
CPF será a chave de unidade do Cadastro Único, abrindo a possibilidade de
integração com a nova Carteira de Identidade Nacional e outras bases
biométricas nacionais, reforçando a segurança do sistema.
- O
novo portal de gestão do Cadastro Único vai automatizar o preenchimento
das informações das famílias, evitar erros e tornar o processo de
atendimento na rede do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) mais
ágil.
- Integrações
de dados, que antes levavam dois ou três meses para serem realizadas,
poderão ser feitas em poucos dias.
- Quando
o operador for preencher o campo com o Cadastro de Pessoa Física (CPF) do
beneficiário, serão processadas automaticamente informações de diferentes
bases, como a de óbitos e nascimentos, Cadastro Nacional de Informações
Sociais (CNIS), Receita Federal, Previdência Social, entre outras.
- A
plataforma do CadÚnico também vai ter cursos para a qualificação contínua,
via modalidade de ensino a distância, que vai garantir 100% dos operadores
e entrevistadores do cadastro sempre atualizados.
- O
novo sistema também contará com uma plataforma de gestão de riscos e
monitoramento, para evitar fraudes cibernéticas e outros tipos de fraudes.
- Uma
plataforma de relatórios analíticos será disponibilizada para que os
municípios possam trabalhar as informações do cadastro, otimizando a
gestão e o planejamento nas políticas públicas.
- Formulário
do Cadastro Único poderá ser acessado de maneira offline em dispositivos
móveis (tablets ou celulares). A função é importante para a coleta de
dados em áreas sem internet, por exemplo.
- O
entrevistador social poderá transferir os dados para o portal do Cadastro
Único em que se encontra o novo sistema, em vez de ter que transcrever as
repostas do formulário de papel.
- Os
formulários impressos permanecerão como uma alternativa para inscrição e
atualização de dados das famílias, em caso de necessidade.
Créditos: R7